Para que a autonomia da pessoa idosa seja preservada, é necessário manter uma rotina de cuidados diários de prevenção de quedas e exercícios funcionais. Entenda nesse texto como é possível promover uma melhor qualidade de vida para o indivíduo.

Preservar a independência e autonomia da pessoa idosa é um desafio, tanto para o próprio indivíduo quanto para médicos e familiares, isso porque, com a chegada da terceira idade muitas pessoas se deparam com diversas limitações cotidianas, que podem afetar e mobilidade e em alguns facilitar a queda. 

Mas, com algumas medidas de segurança, terapias ocupacionais, fisioterapias e exercícios é possível reverter esses riscos e promover qualidade de vida para essas pessoas. Atualmente existem diversas possibilidades para que quedas e lesões sejam evitadas, e caso ocorram, tenham menor permanência de sintomas na mobilidade do indivíduo.  


Por que a independência e a autonomia são tão importantes na terceira idade?

A independência da pessoa idosa está ligada diretamente com a sua capacidade física e funcional, ou seja, a forma como ele está apto a realizar suas atividades do dia a dia sozinho sem a ajuda de terceiros. Já a autonomia diz respeito a sua capacidade de gerenciar-se, tomar decisões e planejar seus objetivos. Ela possui relação direta com a aptidão mental da pessoa, ou seja, o quanto ela está apta cognitivamente para tomar conta da sua vida sozinha. 

Inicialmente familiares e pessoas mais próximas devem preservar as escolhas e o poder de decisão da pessoa idosa. Isso porque, sua independência e autonomia estão diretamente ligadas a sua autoestima e interromper isso ou privar o indivíduo faz com que ele se sinta incapaz e solitário. 

Os responsáveis ou cuidadores devem garantir suporte básico nas atividades cotidianas se o indivíduo possuir capacidades funcionais estáveis. Claro, percebendo alguma variação no grau de funcionalidade e dependência, o cuidador deve intervir e ajudar se necessário  estipulando certos limites entre o que o indivíduo pode decidir sozinho ou não.

Preservar a capacidade intelectual da pessoa idosa é primordial, assim a qualidade de vida e autoestima são preservadas ao longo do tempo e o indivíduo se sente capaz de realizar atividades sem impedimentos e com confiança.


Como a prevenção de quedas pode ajudar a manter a independência e a autonomia?

A prevenção de quedas é essencial para manter a independência e autonomia, especialmente em idosos ou pessoas com mobilidade limitada. As quedas podem resultar em lesões graves, como fraturas, contusões e traumatismos cranianos, e podem limitar a capacidade de uma pessoa para realizar atividades cotidianas.

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para prevenção da queda de pessoas idosas. Primeiramente devemos observar o ambiente de dentro de casa e prestar atenção se possui tapetes, escadas, desníveis no chão ou problemas em degraus. 

Por exemplo, tapetes com antiderrapantes e emborrachados, são indicados para uso no banheiro, cozinha e lavanderia, locais que geralmente molham e precisam de maior resistência. Caso o tapete não possua o antiderrapante, existem fitas antiderrapantes que podem ser utilizadas na parte debaixo do tapete para dar maior firmeza e sustentação. O ideal é evitar o uso, mas caso haja, devem-se seguir essas regras.

Em casas que possuem pisos de cerâmica ou granito é recomendado o cuidado dobrado com pessoas idosas, isso porque são pisos escorregadios. É importante ficar atento, também, ao calçado que a pessoa idosa irá utilizar (de borracha e superfície plana, são os mais recomendados) e manter o ambiente sempre seco. 

Outra recomendação é a utilização das barras de apoio, muito comuns de se ver em banheiros ou em outros ambientes da casa, elas possibilitam maior sustentação na movimentação e apoio do indivíduo. Além disso, também é recomendado iluminar uniformemente todos os locais da casa, para garantir maior segurança e visibilidade.

Cuidadores e familiares também podem contribuir auxiliando o indivíduo a manter atividades físicas regulares, que estimulam a marcha e aumentam a flexibilidade e força. Pequenas caminhadas ou estímulos para atividades cotidianas já contribuem e muito para que a pessoa idosa não deixe de se movimentar e consequentemente perca sua autonomia. 


Quedas na terceira idade: um problema de saúde pública com urgência crescente

É muito comum o aparecimento de algumas limitações com a chegada da terceira idade. Alguns indivíduos podem apresentar dificuldades na marcha, perda de massa muscular, problemas articulares, problemas de equilíbrio e de visão. Com o aparecimento desses sintomas é comum que pessoas idosas sofram frequentemente com quedas. Por isso, a  prevenção é algo essencial para não interferir na independência e autonomia do indivíduo ao longo da vida. 

Anualmente ocorrem quedas em 30 a 40% das pessoas idosas que vivem na comunidade e em 50% dos residentes em instituições de longa permanência. É frequente casos de pessoas idosas que caem diversas vezes ao longo da vida, se expondo ao aumento do risco de lesões. Em alguns casos – principalmente os mais graves e recorrentes –  cair, várias vezes, aumenta o risco de fraturas, hospitalização e morte.

Alguns  indivíduos possuem ainda condições e comorbidades que intensificam o aumento do risco de quedas, como é o caso de pessoas que possuem osteoporose e alterações neurológicas (derrame cerebral, doença de Parkinson, esclerose múltipla, Alzheimer). Essas complicações a longo prazo podem também reduzir a função física do indivíduo. É comum também que quedas contribuam para um aumento de internações em clínicas de repouso por incapacidade do indivíduo de lidar com a sua rotina diária e cuidados pessoais. A função e a qualidade de vida podem piorar drasticamente após quedas recorrentes, estima-se que 50% das pessoas idosas não recuperam seu nível anterior de mobilidade após fraturas e lesões resultantes de quedas.

Além de todos esses problemas que listamos, existe também o comprometimento emocional do indivíduo. Após as quedas, a pessoa idosa pode enfrentar o medo de cair novamente e a mobilidade muitas vezes reduzida por falta de confiança. Algumas pessoas podem reduzir atividades cotidianas, como ir ao mercado, por exemplo, devido a esse medo. A diminuição da atividade pode contribuir para o aumento da rigidez articular e fraqueza, reduzindo ainda mais a mobilidade.

As quedas de idosos podem aumentar os custos do sistema de saúde, incluindo hospitalizações, reabilitação e cuidados de longo prazo. Além disso, as quedas podem resultar em custos indiretos, como a perda de produtividade no trabalho dos cuidadores e familiares, assim como podem sobrecarregar o sistema de saúde, especialmente em locais com uma população idosa significativa. Isso pode afetar a disponibilidade e a qualidade dos cuidados de saúde para todos os pacientes.

Por conta de todos fatores listados, é importante que sejam reforçadas medidas de prevenção de quedas ao longo da vida da pessoa idosa, principalmente, aqueles que já possuem alguma comorbidade que possam intensificar esses acontecimentos. 


Como os cuidadores de idosos podem ajudar a prevenir quedas?

Os cuidadores possuem o importante papel de acompanhar a rotina da pessoa idosa, auxiliando-os sempre que necessário, porém sem tirar sua própria individualidade e autonomia. 

Algumas recomendações como já citamos acima devem ser reforçadas – como a retirada de objetos pontiagudos e móveis que possam prejudicar a mobilidade do indivíduo – bem como o cuidado com a limpeza do chão e outros ambientes que possam favorecer a queda (pisos molhados, pisos escorregadios ou madeira).

O cuidador, se necessário, também tem o papel de auxiliar a pessoa idosa em tarefas comuns do dia a dia como, levantar da cama, trocar de roupa, higiene pessoal e tarefas cotidianas. 


Entendendo as causas das quedas em idosos e como evitá-las

Com o chegar da terceira idade, muitos indivíduos enfrentam problemas nas suas funções vitais comuns. Algumas pessoas, por exemplo, enfrentam dificuldade ao se locomover (seja para uma caminhada ou apenas para levantar da cama), outras possuem o ritmo diminuído e fraqueza muscular. 

Existem também, outros fatores de risco que acabam favorecendo o acontecimentos de quedas com pessoas idosas, dentre eles estão:

  • diminuição da força muscular;
  • osteoporose;
  • arritmia cardíaca (batimento cardíaco irregular);
  • alteração da pressão arterial;
  • artrose, fragilidade de quadril ou alteração do equilíbrio;
  • alterações neurológicas (derrame cerebral, doença de Parkinson, esclerose múltipla e mal de Alzheimer);
  • disfunção urinária e da bexiga;
  • uso controlado de determinadas drogas;
  • diminuição da audição;
  • câncer que afeta os ossos;

É importante reforçar a importância de familiares procurarem auxílio médico caso a pessoa idosa possua frequência de quedas, a fim de evitar lesões, fraturas e ocorrências piores. A recuperação de fraturas na terceira idade é ainda mais lenta e pode prejudicar a longo prazo se não tratada de forma correta. 


Exercícios e terapias para fortalecer o equilíbrio e prevenir quedas na terceira idade

A fisioterapia tem um papel crucial na melhora da qualidade de vida da pessoa idosa. Existem exercícios realizados nas sessões que contribuem para a melhora do tônus muscular, mobilidade, equilíbrio, coordenação e recuperação da flexibilidade. São atividades realizadas com bolas de yoga, bicicletas, esteiras, pesos, elásticos e outros materiais educativos que também divertem o paciente além de contribuir para melhora da sua qualidade de vida. 

Após quedas ou fraturas, o tratamento com o fisioterapeuta se torna ainda mais essencial,  pois ele deverá ter um olhar amplo no caso da pessoa idosa e entender as limitações que essa condição interferiu e ainda pode interferir na capacidade funcional da pessoa. Enxergar o indivíduo como um todo, seu sistema musculoesquelético, neurológico, urológico, cardiovascular e respiratório, assim como o meio em que vive.

Através disso o fisioterapeuta tem o papel de restabelecer e melhorar a capacidade funcional da pessoa idosa, procurando prevenir o agravamento da sua condição e impedir que novas quedas ou fraturas possam surgir no futuro. Ele deve estabelecer uma rotina de exercícios diários de fortalecimento muscular e equilíbrio que farão parte de toda a vida da pessoa idosa. 

Existem alguns exercícios fora a fisioterapia que também podem contribuir para o aumento da flexibilidade e mobilidade da pessoa idosa. Claro, também deve-se levar em conta comorbidades que o indivíduo possa ter antes de dar início a esses exercícios físicos. Portanto, lembramos que a prática deve ser sempre prescrita e acompanhada por um médico. 

Abaixo listamos 5 atividades que promovem bem estar e qualidade de vida para a pessoa idosa. 

  • 1. Hidroginástica: A hidroginástica é um exercício de baixo impacto, que promove o fortalecimento ósseo e muscular. Ela ainda traz ganhos para a capacidade cardiorrespiratória . 
  • 2. Musculação: Indivíduos que não possuem comorbidades podem e devem praticar exercícios de musculação. Há uma crença que musculação é apenas para jovens, mas em pessoas idosas essa prática auxilia no ganho de massa muscular e força, além de fortalecer ossos e articulações. 
  • 3. Caminhada: Esse é um exercício bastante democrático, pois não exige nenhum equipamento especial. Se feita regularmente ela melhora a disposição da pessoa idosa e influencia positivamente a circulação sanguínea. 
  • 4. Pilates: Essa atividade promove aumento de flexibilidade e equilíbrio. Além disso, o pilates promove ganhos para os ossos e massa muscular.
  • 5. Dança: A dança é um excelente exercício para prevenção de quedas. Além de promover também a socialização do indivíduo.

Esses exercícios além de promover melhor funcionamento das funções musculoesqueléticas do indivíduo também contribuem para melhora da independência e autonomia. Por isso a importância de se ter cuidados especiais com especialistas que entendem do assunto. 

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