O profissional cuidador de idosos é responsável por oferecer qualidade de vida e bem estar ao idoso, através do suporte físico, social e emocional nas atividades da vida diária (AVD’s), como: higiene, medicação, alimentação, entretenimento, lazer, passeios, consultas e exames médicos.
Uma dúvida muito comum entre as famílias que necessitam de cuidadores – às vezes até mesmo o cuidador – é se o profissional cuidador de idosos pode cozinhar para o idoso ou não. Afinal, o auxílio na alimentação faz parte das atribuições do cuidador.
No entanto, a atividade de cozinhar ou preparar refeições não estão relacionadas ao cuidado nem ao auxílio na alimentação do idoso. Estas atividades fazem parte das atribuições de cozinheiro e/ou empregado doméstico.
“O cuidador de idosos não faz parte da categoria de empregados domésticos?”
Sim, mas cada tipo de profissional pertencente à categoria possui suas funções e atribuições próprias. Cuidador, Jardineiro, Motorista, Babá, Copeiro… Cada um possui suas atividades bem definidas.
Exatamente como na sua empresa, ou na empresa em que você trabalha, cada profissional tem sua formação, conhecimento e atividades definidas.
Além disso, ao desviar o cuidador de sua função que é garantir o cuidado e a segurança do idoso, os riscos de acidentes e quedas aumentam significativamente, colocando a vida do paciente em risco.
Nesta perspectiva, o cuidador de idosos NÃO DEVE cozinhar ou ser responsável pelo cuidado com as atividades de cuidado com a casa.
QUEM DEVE COZINHAR?
O preparo das refeições é uma atribuição da cozinheira. Porém, uma equipe completa de trabalhadores domésticos possui um alto custo mensal.
As atribuições do cuidador voltadas à alimentação do idoso incluem servir o alimento, descongelar refeiçõe, aquecer porções, preparar café e lanche, cortar frutas e outras atividades simples que não tirem o foco do cuidado.
Se o idoso possui um bom grau de autonomia e independência, sendo de sua rotina preparar as próprias refeições, o cuidador de idosos vai oferecer o suporte nas atividades, pois trata-se de uma atividade terapêutica do idoso em que o cuidador está inserido.
Então como garantir refeições adequadas ao idoso?
Dentre as soluções para este “dilema” enfrentado pela famílias, destacamos:
- congelados: ter uma cozinheira 2 ou 3 vezes por semana para preparar as refeições, separar as porções e congelar é uma solução muito comum, pois reduz os custos e mantém a qualidade na alimentação do idoso. Existem também empresas especializadas em congelados e ultracongelados.
- restaurante: fazer um “convênio” com o restaurante mais próximo para que o cuidador acompanhe o idoso também é comum. Além de garantir uma boa variedade, ainda possibilita passeios e saídas ao ar livre.
- entregas: seja de um restaurante próximo ou não, agendar entregas de refeições diariamente também se apresenta como uma solução viável para as famílias. Atualmente existem diversas plataformas de delivery disponíveis no mercado.
CAFÉS E LANCHES
Além das refeições principais, que são almoço e jantar, também precisamos considerar café da manhã/tarde e possíveis lanches ao longo do dia para manter a saúde equilibrada.
Nestes casos, o cuidador de idosos pode (e deve) oferecer o suporte ao idoso no preparo de café ou chás. Bem como montar um sanduíche, separar bolachas e biscoitos, servir uma fatia de bolo e até mesmo descascar e cortar frutas.
Qualquer atividade que necessite muita concentração do é recomendada para o cuidador, pois vai desviar sua atenção do cuidado e colocar a integridade física do idoso em risco.
IMPORTANTE!
As atividades de cafés e lanches podem ser solicitadas ao cuidador quando destinadas ao idoso. Não é dever nem responsabilidade do cuidador de idosos preparar cafés e lanches para familiares e visitantes.
PROFISSIONAL CUIDADOR DE IDOSOS, SAIBA COMO DEFINIR ATIVIDADES E ESTABELECER LIMITES
No dia a dia do cuidador de idosos pode acontecer – e é bastante comum – de idoso e seus familiares pedirem “gentilezas” na realização de tarefas que não são responsabilidade do cuidador, como cozinhar ou limpar a casa, estender roupas, passear com animais de estimação e até levar crianças na escola.
Há casos em que os pedidos ganham tom de exigência e comprometem a relação entre o cuidador de idosos e os membros familiares do idoso.
Para evitar estas situações desconfortáveis e que geram estresse entre as partes, cuidadores e famílias devem:
- estabelecer combinações sobre as atividades desempenhadas pelo profissional no cuidado com o idosos;
- elaborar um contrato de trabalho ou prestação de serviços que estabeleçam estas combinações;
- evitar fazer atividades fora as combinadas, mesmo que por gentileza, pois a frequência aumenta até tornar-se obrigação;
Caso haja solicitações além das acordadas previamente, retome-as e estabeleça os limites para que não haja maiores problemas no futuro.
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