O que é o AVC?

AVC é a sigla para Acidente Vascular Cerebral – termo médico utilizado para o derrame. Essa condição afeta o suprimento de sangue, oxigênio e tudo aquilo que mantêm o cérebro em pleno funcionamento. E no próximo dia 29 de outubro é celebrado o Dia Mundial do AVC para conscientizar a população sobre o assunto.

Quando o AVC ocorre, ele pode afetar uma ou mais áreas do cérebro, sendo que os neurônios (células que compõem o cérebro) podem acabar morrendo caso o AVC não seja tratado o mais rápido possível. E como os neurônios não se multiplicam como o resto das células do corpo, a morte de um deles por conta do AVC pode gerar sequelas para o indivíduo – já que a função daquela célula não poderá ser realizada por outra.

Existem diferentes tipos de AVC, sendo que cada um possui um tipo de tratamento e uma orientação médica a ser seguida. No entanto, a maioria dos AVC’s são do tipo isquêmico, onde acontece algum tipo de obstrução ou entupimento em uma ou mais veias que suprem o cérebro.

De forma geral, os primeiros três meses após o acontecimento do AVC são essenciais para avaliar a recuperação do paciente e aprimorar seu estado geral. Pois ter um AVC uma vez na vida não significa que não vá acontecer de novo, e muitos dos pacientes que já sofreram com essa condição podem apresentá-la novamente. 

No próximo dia 29 de outubro é celebrado o Dia Mundial do AVC.Por isso que, após o AVC, o estilo de vida do paciente muda significativamente, onde o foco se torna não apenas o tratamento mas também a prevenção de um novo acidente. E para tanto, o paciente precisa receber um acompanhamento completo e focado em todas as suas necessidades – sendo fundamental a presença de uma equipe multiprofissional de saúde e um cuidador especializado. 

Quais os sintomas do AVC?

Tendo isso em mente, é importante prestar atenção aos sintomas para saber identificar um AVC e procurar ajuda médica o mais rápido possível. 

Quanto mais cedo forem tratados o acidente vascular cerebral, melhores são os prognósticos do paciente. Então, fique atento se você ou alguém próximo apresentar algum dos seguintes sinais sintomas:

  • Fraqueza de um lado do corpo;
  • Dificuldade para falar;
  • Perda de visão;
  • Perda da sensibilidade de um lado do corpo;
  • Alterações motoras;
  • Paralisia de um lado do corpo;
  • Distúrbio de linguagem;
  • Distúrbio sensitivo;
  • Alteração no nível de consciência.

O que leva uma pessoa a ter um AVC?

Existem fatores de risco modificáveis – como pressão alta, diabetes, colesterol alto, tabagismo, uso de drogas, obesidade, sedentarismo e estresse. Mas há causas que não temos controle, como idade (o problema é mais comum em idosos) e gênero (a doença acomete mais homens). 

Além disso, fatores genéticos também aumentam o risco de AVC, e nesse caso é importante ficar alerta tanto para o histórico familiar de derrame como de outras doenças que elevam as chances de derrame, como, por exemplo, diabetes e hipertensão, citadas anteriormente. 

Embora os fatores de risco sejam similares, as causas podem divergir. Pois como mencionamos acima, existem diferentes tipos de AVC: 

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico 

É causado pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região. O acidente vascular isquêmico é responsável por 85% dos casos de acidente vascular cerebral.

Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico

Acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial.

Sequelas 

Não é possível especificar quais sequelas a pessoa que sofre um derrame terá, tudo depende do tipo de lesão, da extensão e da área do cérebro afetada. Entre os danos mais comuns estão: 

  • Alterações na fala – Se a área do cérebro afetada for a responsável pela linguagem, a comunicação do paciente pode ficar prejudicada. Nesses casos, pode existir dificuldade na capacidade de falar e ser compreendido, além da capacidade de compreender mensagens.
  • Agnosia Visual – Também é comum surgir a incapacidade de reconhecer objetos e pessoas, mesmo sem ter comprometimento na visão.
  • Déficit de memória – O paciente com AVC pode perder a memória tanto de curto quanto de longo prazo. Além de ter confusão mental e esquecimentos pontuais – algo como esquecer a receita de um bolo que sempre soube fazer. 
  • Falta de sensibilidade – Acontece quando a área do cérebro responsável por interpretar a sensibilidade é lesada. 
  • Alterações motoras – Imediatamente após o AVC, pode acontecer uma perda do controle muscular voluntário, uma espécie de paralisia. Depois, o paciente pode desenvolver um aumento desproporcional da contração muscular de forma involuntária, chamada de espasticidade, que deixa os membros em posturas inadequadas, como mãos sempre fechadas ou ombros contraídos, podendo causar dor e desconforto.
  • Apraxias – O paciente pode perder a capacidade de realizar movimentos simples, pois o cérebro não consegue efetuar a programação motora de tal atividade. Também pode existir negligência, quando a pessoa tem uma falta de percepção da metade do corpo afetada no derrame, seja no campo motor, no visual ou no sensitivo.

O que se pode fazer para evitar o AVC?

Agora que conhecemos os fatores de risco que aumentam as chances de o paciente sofrer um AVC, é possível identificar, também, as formas de prevenção – pois em alguns casos, o AVC pode ser evitado. Principalmente pelo fato de que os maus hábitos no estilo de vida podem levar ao desenvolvimento de problemas de saúde que têm potencial de desencadear um AVC. 

Por isso, é importante manter-se atento à questões como: 

  • Controle do colesterol – é imprescindível reduzir a quantidade de alimentos ricos em gordura “ruim” (aquela que se deposita nos vasos sanguíneos, conhecida como LDL). Em alguns casos, a dieta não é o bastante para reduzir os níveis dessas substâncias, sendo necessário o uso de medicamentos.
  • Controle do peso – mantenha o peso saudável para a sua idade, altura e biotipo e evite o acúmulo de excesso de gordura no corpo. Procure um médico para saber qual é o seu peso ideal e o que fazer para eliminar o excesso de gordura de forma que não prejudique a sua saúde.
  • Controle da pressão arterial – além da dieta, uma boa forma de reduzir a pressão arterial é adotando a prática de exercícios físicos. Mas, antes de começar, faça uma avaliação médica. Também é importante evitar bebidas alcoólicas e o consumo exagerado de sódio.
  • Tabagismo – diversos estudos mostram que o tabaco aumenta consideravelmente as chances de um acidente vascular cerebral. Evite fumar e, para aqueles que já sofreram com a doença, o cigarro deve ser totalmente eliminado. 
  • Adote um estilo de vida saudável – uma alimentação rica em nutrientes, a prática constante de exercícios físicos e tudo aquilo que envolve a rotina de autocuidado é uma excelente aliada na prevenção do AVC. 

Quais os tratamentos para pessoas com AVC

Apesar das medidas para diminuir o risco de ter um acidente vascular cerebral, alguns pacientes não conseguem evitar o problema e precisam de tratamento. E nesses casos, há tratamentos específicos e indicados para cada um dos tipos de AVC: 

Acidente vascular cerebral isquêmico

O tratamento consiste em desobstruir o vaso cerebral afetado, normalizando a circulação cerebral. Quanto mais rápido for iniciado, maiores as chances de salvar os neurônios que estão em sofrimento – o que pode diminuir muito ou até evitar as sequelas do AVC.

Acidente vascular cerebral hemorrágico 

O tratamento cirúrgico pode ser necessário para conter a hemorragia. Depois de estabilizada a situação, o tratamento se concentra na prevenção de um novo derrame e na recuperação das funções afetadas.

De qualquer forma, as áreas do cérebro afetadas pelo AVC podem se reconstituir aos poucos se receberem os estímulos certos. Por isso, programas de reabilitação são muito importantes, pois ajudam o paciente a retomar atividades diárias e funções que ficaram comprometidas. E por falar nisso, é importante mencionarmos que, no dia a dia após o AVC, a retomada das atividades diárias inevitavelmente necessita de um acompanhamento – seja este familiar ou profissional. 

Mas para promover qualidade de vida para o paciente e maior atenção na rotina de cuidados, é recomendada a presença de um cuidador de idosos especializado – por ser um profissional que consegue garantir a devida atenção ao paciente e, ao mesmo tempo, proporcionar aos familiares maior disponibilidade para acompanhar o idoso e, ainda assim, dar continuidade a sua rotina. 

Quais os cuidados para uma pessoa com AVC?

Perdas de funções motoras, cognitivas e psicossociais são algumas das consequências de um acidente vascular cerebral (AVC) e, quando não tratadas adequadamente, elas podem ser agravadas. 

Mas embora quem tenha sofrido um AVC possa ter de conviver com sequelas, isso não prejudica totalmente a qualidade de vida – uma vez que é possível ter reabilitação, reestruturação física e recuperação de contato social. E nesse caso, uma série de cuidados precisam ser adotados

Graças à plasticidade cerebral – ou seja, uma capacidade de se regenerar de acordo com o grau de dano -, é possível recuperar movimentos ou habilidades perdidas por conta do AVC. Para isso, é necessário seguir um acompanhamento neurológico para que as áreas afetadas sejam estimuladas adequadamente, o que permitirá retomar as atividades diárias ainda que algumas funções estejam comprometidas. 

Nos casos em que o paciente apresenta dificuldades de ingestão, alimentos líquidos ou consistentes cedem lugar às texturas mais pastosas – caso isso aconteça eventualmente, é necessário passar uma sonda enteral ou fazer gastrectomia. Em casos de perda da capacidade de comunicação, a fonoterapia possibilita a reabilitação da linguagem.

Após receber os cuidados necessários em uma unidade hospitalar, na maioria das vezes, pode ser necessário continuar os cuidados no ambiente domiciliar. Essa medida é adotada cada vez mais, evitando a contaminação hospitalar e permitindo que os pacientes se recuperem mais rapidamente ao lado de familiares e amigos.

O Home Care pode contar com profissionais especializados em fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem, fisiatria, entre outros. Esses cuidados no ambiente em que o paciente se sente seguro e confortável são ainda mais eficientes, trazendo maiores chances de uma recuperação mais rápida – principalmente com um trabalho que respeite uma frequência adequada.

Nesse cenário, o acompanhamento de um cuidador especializado ou de um técnico de enfermagem, garante que o paciente seja bem assistido e consiga, de fato, estabelecer uma rotina de cuidados que atenda a todas as suas necessidades.

Contanto, também, com a visita domiciliar dos profissionais da saúde que oferecem mais praticidade e economia de tempo – uma vez que o paciente não tem o ônus de cuidar da locomoção até uma clínica, por exemplo. 

Nesse processo, um tratamento multidisciplinar é essencial para se atingir os resultados mais efetivos. 

Quais os especialistas da saúde podem ajudar pessoas com AVC

Diante disso, o tratamento e cuidados com o paciente após um AVC exige uma equipe multiprofissional – desde neurologistas até psicólogos, por exemplo. E cada um deles tem um papel fundamental. 

Médicos especialistas

Os neurologistas e geriatras são os médicos que mais têm contato com o paciente após o AVC. 

Mas para que o tratamento tenha um bom andamento, é necessário uma equipe multiprofissional para acompanhar o paciente. 

Por exemplo, no que se refere ao diagnóstico, os neurologistas são os profissionais responsáveis, diferenciando, desde o início, o AVC isquêmico do AVC hemorrágico. Essa especialidade é muito importante para reconhecer os danos causados pelo acidente e, a partir daí, indicar o tratamento adequado e acompanhar o dia a dia do paciente. 

No mais, profissionais das áreas de geriatria, fisiatria, fonoaudiologia, nutrição, cuidados paliativos, fisioterapia e enfermagem também são fundamentais na rotina do paciente e dos familiares – com o objetivo de recuperar o paciente das sequelas causadas pela doença e tentar, ao máximo, proporcionar qualidade de vida e bem estar. 

Cuidadores

Além desses profissionais citados, há um profissional que é essencial e deve estar presente desde o diagnóstico da doença: o cuidador de idosos. 

Esse profissional garante que o paciente seja, de fato, bem assistido em seu dia a dia – o que também ajuda os familiares a compartilharem a sobrecarga com alguém especializado no cuidado e acompanhamento.

O cuidador de idosos é preparado para observar e agir de acordo com as necessidades de cada paciente. Ele se ocupa no acompanhamento de todas as atividades diárias do idoso e, no caso daqueles com AVC, o cuidador sabe como garantir os horários adequados para medicação e alimentação, como elaborar uma rotina de cuidados, e como enfrentar as sequelas e as dificuldades nas funções cognitivas e físicas.

Isso torna o tratamento mais humanizado e permite que a reabilitação tenha constante evolução e acompanhamento. Além dos custos para reabilitação em casa serem muitos menores do que no hospital, em casa, o idoso usufrui de um atendimento exclusivo – pois o cuidador responsável dá atenção total apenas a um paciente.

Empresas de Home Care

Para finalizar, a Personale Saúde, ao longo de nossa história, conseguiu observar as dificuldades das famílias em lidar com o familiar após o AVC. Observando, também, que manter o paciente em casa, ao invés de uma clínica, minimiza seu sofrimento e faz com que se sinta mais seguro. 

A nossa equipe de cuidadores vêm, então, desempenhando um papel fundamental na promoção do bem-estar e melhoria da qualidade de vida, tanto desse paciente quanto de seus familiares – tendo em vista que, após um AVC, o idoso inevitavelmente necessita de um profissional especializado. 

Além dos cuidadores, nossa equipe multidisciplinar conta com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, dentistas e outros especialistas para garantir o melhor cuidado com o doente no conforto de casa, próximo da família.

Na Personale Saúde, nossa atuação tem foco no cuidado humanizado, estimulando a autonomia dos pacientes com respeito às suas necessidades e capacidades.

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