O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda progressiva de funções cognitivas, desencadeando alterações do comportamento e uma incapacidade funcional que tendem a se agravar cada vez mais com o passar dos anos.
E justamente por essa progressão rápida da doença, que o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o seu avanço e garantir o tratamento adequado – pois embora a doença não tenha cura, hoje existem tratamentos eficazes que podem prolongar a vida e garantir bem-estar para aqueles que sofrem com a demência.
Para entendermos melhor, é importante compreender também quais as causas do Alzheimer e seus primeiros indicativos e, assim, como os métodos de tratamento visam desacelerar a doença e promover qualidade de vida para os pacientes.
Quais são as causas do Alzheimer?
Embora os médicos não saibam ao certo as causas do Alzheimer, estudos mostram que parece haver substâncias anormais que se acumulam no cérebro daqueles que desenvolvem a doença.
Essas substâncias fazem com que os neurônios deixem de se comunicar, interferindo nas células cerebrais e as matando. Ou seja, o indivíduo que sofre com Alzheimer possui um número muito menor de células e de conexões entre aquelas ainda existentes – e quanto mais células cerebrais morrem, menos o cérebro funciona.
No entanto, o que desencadeia essa substância ainda é desconhecido, mas de maneira geral a causa parece ser hereditária já que a maior parte provém de fatores genéticos. Além disso, hoje sabe-se também que fatores como estilo de vida influenciam fortemente no desenvolvimento da demência.
Quem tem mais chance de ter Alzheimer?
A grande maioria dos pacientes com Alzheimer tem mais de 65 anos, sendo a idade o principal fator de risco para a doença. E em casos de histórico familiar da doença as chances são ainda maiores – sendo importante fazer exames regulares e manter-se atento tanto aos sintomas quanto à prevenção.
No que se refere ao estilo de vida mencionado acima, a medicina tem relacionado o Alzheimer a características como hipertensão, alto nível de colesterol e o baixo nível de estimulação das sinapses cerebrais – feitas através de leituras e atividades como palavras cruzadas, por exemplo.
Qual o exame para detectar Alzheimer?
Não existe um exame específico para fazer o diagnóstico da Doença de Alzheimer – ou para a maioria dos outros tipos de demência. Os médicos utilizam vários exames e avaliações para determinar se os sintomas se encaixam em certos critérios e para excluir outras possíveis causas para esses sintomas.
Mas no geral, é comum os médicos fazerem exames como o de sangue e de imagem para olhar o interior do cérebro. Os exames de imagem podem consistir em tomografia computadorizada (TC) ou imagem por ressonância magnética (RM). Esses exames ajudam o médico a verificar se há outros quadros clínicos tratáveis, e dispensar a possibilidade de DA.
Qual o tratamento para o Alzheimer?
Como dito antes, o Alzheimer é um tipo de demência que ainda não tem cura, mas o tratamento adequado junto a terapias estimulantes podem ajudar a controlar os sintomas e a retardar a sua progressão, evitando o agravamento das complicações cerebrais e melhorando a qualidade de vida da pessoa.
Procurar um médico para iniciar o tratamento da doença é a melhor forma de lidar com seu avanço e controlar seus sintomas. E nas fases iniciais, a presença de um cuidador de idoso especializado pode ser fundamental para não sobrecarregar nenhum membro da família e, assim, garantir os cuidados diários com o doente.
Atualmente, há várias estratégias farmacológicas e não farmacológicas, de segurança e de planeamento futuro, que são importantes na promoção do bem-estar do paciente – contando com uma abordagem multidisciplinar (Neurologia, Psiquiatria, Fisiatria, Nutrição, Fonoaudiologia, Cuidados Paliativos, Psicologia).
Quais os medicamentos para Alzheimer?
A medicação é sempre um ponto subjetivo no tratamento do Alzheimer, sendo prescrito de acordo com as necessidades do paciente e seu respectivo estágio da doença – dependendo também de sua reação a cada medicação e outra série de fatores.
Mas de maneira geral, o paciente necessita de: Medicamentos Antidepressivos, que reduzem ou melhoram os sintomas ligados a tristeza profunda; Ansiolíticos, que reduzem os efeitos da ansiedade e auxiliam o paciente a lidar com preocupações excessivas referentes ao diagnóstico depressivo; e Antipsicóticos, que ajudam a controlar tremores e a evitar psicoses.
É importante que o paciente seja acompanhado por um cuidador profissional que auxilie na medicação, visando seguir as orientações do médico responsável e, assim, garantir que o tratamento seja feito de forma adequada e que não haja automedicação ou qualquer tratamento caseiro ou natural, que possa agravar o quadro clínico da doença.
Qual a melhor alimentação para quem tem Alzheimer?
Contanto que não haja restrições associadas a outras doenças, não há uma dieta específica para o paciente com Alzheimer. Porém, estudos mostram que uma dieta equilibrada, rica em gorduras “do bem” e em antioxidantes, pode ser útil para preservar as funções cognitivas. No mais, deve-se evitar excesso de álcool, gordura saturada e açúcar, e carências nutricionais podem agravar os sintomas.
Com o avanço da doença e o declínio das funções neurocognitivas, é comum o paciente ter alterações no apetite ou perder a capacidade para manter uma nutrição adequada. Por isso, é fundamental a presença de um nutricionista no tratamento, já que este consegue estabelecer uma dieta que vá de acordo com as necessidades do paciente e que o mantenha saudável para enfrentar a doença – e junto ao nutricionista, a presença do técnico de enfermagem e do enfermeiro também são indispensáveis.
Quais exercícios físicos para Alzheimer?
No que se refere à saúde física, caminhar cinco vezes por semana por meia hora é uma atividade altamente recomendada para qualquer pessoa, mas especialmente para idosos – uma vez que o exercício físico é um importante fator de proteção para a demência e, especialmente, para o Alzheimer.
Hidroginástica, natação e pilates também são atividades recomendadas. Mas o importante é achar um exercício de que a pessoa goste, indo sempre de acordo com os interesses de cada um.
Quais os médicos especialistas no tratamento do Alzheimer?
Durante o tratamento, é necessário uma equipe multiprofissional para acompanhar o paciente. Mas os geriatras são os médicos que mais têm contato com a doença de Alzheimer.
No entanto, o tratamento não é restrito à Geriatria. Neurologistas e psiquiatras podem diagnosticar a doença de Alzheimer e essas especialidades são muito importantes para melhorar o bem-estar do paciente – começando pelo diagnóstico correto, diferenciando a doença de Alzheimer de outros tipos de demências, por exemplo.
Além dos que mencionamos acima, como fisiatria, fonoaudiologia, nutrição, cuidados paliativos, psicologia, dentre outros, que também são fundamentais na rotina do paciente e dos familiares.
Como o cuidador de idosos pode ajudar pessoas com Alzheimer?
Considerando, então, as inúmeras dificuldades que o paciente, e também os familiares, enfrentam com a doença, é importante compartilhar a sobrecarga da família com alguém especializado no cuidado e acompanhamento para que o paciente seja, de fato, bem assistido.
O cuidador de pessoa com Alzheimer é preparado para observar e agir de acordo com os sintomas da doença. Ele se ocupa no acompanhamento de todas as atividades diárias do idoso, sabendo como enfrentar as alterações de comportamento e nas funções cognitivas e físicas.
Vale lembrar que esse papel é de extrema relevância e demanda muita paciência. São comuns atitudes agressivas por parte do paciente, pois ele se sente confuso com as próprias limitações. Nesse sentido, o cuidador pode contribuir até mesmo para que os relacionamentos afetivos entre familiares sejam preservados.
Empresas de Home Care especializadas
Para finalizar, a Personale Saúde, ao longo de nossa história, conseguiu observar as dificuldades das famílias em lidar com a doença. Observando, também, que manter o paciente em casa, ao invés de uma clínica, minimiza seu sofrimento e faz com que se sinta mais seguro.
Diante disso, a nossa equipe de cuidadores vêm desempenhando um papel fundamental na promoção do bem-estar e melhoria da qualidade de vida, tanto desse paciente quanto de seus familiares. Pois o Alzheimer, em seu estágio mais avançado, inevitavelmente necessita de um profissional especializado.
Além dos cuidadores, nossa equipe multidisciplinar conta com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, dentistas e outros especialistas para garantir o melhor cuidado com o doente no conforto de casa, próximo da família.
Na Personale, são mais de 300 pacientes atendidos e mais de 800.000 horas de atendimento com Alzheimer. Nossa atuação tem foco no cuidado humanizado, estimulando a autonomia dos pacientes com respeito às suas necessidades e capacidades.