A solidão na terceira idade está totalmente ligada ao grau de utilidade do indivíduo, que por envelhecer pensa não ser mais “querido” ou útil para familiares e amigos. 

Envelhecer é um processo natural, para alguns é sinal de maturidade, para outros é sinal de que a vida está “chegando ao fim”. Com isso, temos o risco aumentado do indivíduo sentir-se só e pouco amado pelas pessoas à sua volta. Além disso, surge o alerta para doenças que também influenciam nessa condição, como é o caso da depressão. 


A importância da saúde mental na terceira idade: um alerta para os riscos da solidão

A saúde mental da pessoa idosa deve receber atenção especial, principalmente pelo fato de que com o “envelhecer” ele pode sentir que não é mais útil para outras pessoas, – seja na perda de mobilidade para realização de atividades diárias, da falta de companhia dos filhos, ou viuvez, por exemplo – são situações complexas de serem enfrentadas. Na velhice, ainda existem acontecimentos comuns como a perda parcial da visão, audição, aumento de peso e assim por diante. Por mais que seja algo natural da vida, vivenciar essas mudanças pode afetar a saúde mental da pessoa idosa. 

É importante que familiares fiquem atentos a essas mudanças de comportamento e assim que possível invistam no cuidado com a saúde mental da pessoa idosa, através do acompanhamento psicológico que se torna imprescindível no começo dos sintomas de solidão. Para as pessoas idosas que moram sozinhas, a presença de um cuidador de idosos é fundamental para o suporte físico, social e emocional nas suas atividades da vida diária.

Ao longo do tempo, se não tratado, o problema pode evoluir para problemas emocionais graves, como a depressão e ansiedade. Sendo assim, o apoio da família é crucial no papel de estimular o indivíduo a levar uma vida com mais vitalidade, reconhecendo sua importância e de certa forma o fazendo entender seu papel no meio familiar (que ainda não deixou de existir, mesmo com a chegada da terceira idade). 


Como a solidão pode afetar a memória e a cognição na terceira idade

Com a chegada da aposentadoria, a saída do ramo profissional e a diminuição do convívio social diário, a pessoa idosa começa a levar uma rotina mais pacata, muitas vezes apenas em casa. Esse fator representa riscos, principalmente se o indivíduo não for estimulado para realização de atividades diárias com outras pessoas. 

A solidão pode potencializar o desenvolvimento de tais doenças e desencadear outras, principalmente pela diminuição da estimulação da atividade mental do indivíduo. Isso quer dizer que, a pessoa idosa pode sentir sintomas de ansiedade, depressão, distúrbios de sono e problemas cardiovasculares. Além disso, pode ocorrer também o desenvolvimento de doenças ainda piores, como é o caso do Alzheimer, Parkinson e demências.

Nessa fase da vida, é essencial que a pessoa idosa tenha uma rotina saudável. A prática de atividades reduz em 12% o risco de desenvolver demência, segundo um estudo realizado pelo Plos Medicine, que diz ainda que o contato frequente com familiares e amigos, pode melhorar a performance cognitiva das pessoas idosas.


Fatores de risco para a solidão na terceira idade

Alguns estudos mostram que a solidão é uma comorbidade passível de ser comparada com o tabagismo, obesidade e hipertensão. Em homens, por exemplo, a solidão está relacionada com doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral. Cerca de 80% das vítimas de suicídios são homens, e um dos principais motivos que contribuem para isso é a solidão.

A solidão é um sentimento degradante, ao qual a pessoa se sente só ainda que esteja cercada de pessoas à sua volta. O vazio faz pensar que lhe falta suporte, sobretudo de natureza afetiva.

De acordo com uma pesquisa realizada em Ponte de Lima/Portugal no ano de 2013, os indivíduos listaram como principais causas de solidão:

  • Perdas: do cônjuge, de relação com os filhos e econômicas. 
  • Carência (falta ou necessidade) de apoio: falta de apoio domiciliar e apoio nas atividade de vida diária.
  • Situação pessoal em relação à saúde/ doença: identificação das situações de doença. 
  • Privação das relações afetivas: inexistência de vizinhos, afastamento da família e ausência de amigos. 
  • Alteração do agregado familiar: viver só. 
  • Alteração da atividade laboral: viver sem ocupação do trabalho, com mais tempo livre. 

Com tudo isso, podemos concluir que a solidão não é apenas a sensação de “sentir-se só”, mas sim a perda de vários sentidos e funções cognitivas que acabam piorando ao longo do tempo se não tratadas. Também devemos levar em conta, que cada pessoa possui seu próprio tempo de envelhecimento, algumas podem ter suas funções diminuídas muito antes do início da terceira idade, enquanto outras sentem-se muito bem mesmo ao envelhecer. 


O papel da família e da comunidade no combate à solidão na terceira idade

O papel dos familiares é oferecer amparo e afetividade no momento em que a pessoa idosa se aproxima da terceira idade. O indivíduo nessa fase enxerga a família como a primeira rede de apoio, como o “alicerce”, e é nela que ele encontra todo o apoio necessário para enfrentar as mudanças e situações adversas que ocorrem ao longo do passar dos anos. 

O contexto familiar representa um elemento essencial para o bem-estar das pessoas idosas. São as relações familiares que oferecem um lugar de conforto e suporte que demonstra sensação de pertencimento, que acaba por anular o sentimento de “inutilidade” comentado acima, que na maioria das vezes é sentido com a chegada da terceira idade. 

Portanto, é visto que a família tem um papel muito mais positivo do que negativo, quando se trata das relações com as pessoas idosas. 

A sociedade também possui um papel importantíssimo em promover um envelhecimento mais saudável para as pessoas idosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu a saúde desses indivíduos como uma das prioridades entre as inúmeras questões no âmbito sanitário. Isso se dá ao fato de que com a chegada da terceira idade, pessoas idosas costumam ficar excluídas da sociedade em geral, e isso gera a solidão. 

Passando por muito tempo em uma sociedade capitalista, onde a população só têm valor por aquilo que produz, as pessoas idosas tendem a se sentir desvalorizadas por não produzirem mais, gerando sentimentos desagradáveis e difíceis de lidar ao longo do tempo.

Sendo assim é necessário propor medidas que facilitem a reinserção dessas pessoas na sociedade. A pessoa idosa deve ser incluída em atividades que a façam sentir-se útil, podendo ser atividades em grupos de terceira idade ou atividades que permitam a socialização, que fazem com que o indivíduo se mantenha engajado socialmente, proporcionando momentos de lazer, convivência e interação.


Atividades e hobbies que podem ajudar a prevenir a solidão na terceira idade

Manter práticas diárias de exercícios e atividade física é recomendado em todas as idades, mas principalmente para aquelas pessoas que estão em fase de envelhecimento. Isso tem relação direta com a ocupação da pessoa idosa, indivíduos que não criam passatempos tendem a ser mais depressivos e ansiosos, podendo até mesmo desenvolver pânico. Quanto mais em casa o indivíduo se mantém, mais tempo ele tem para pensar em doenças, tristezas e em coisas que gostaria que tivessem acontecido e não aconteceram. 

Por isso é tão importante ter práticas de prazer e bem-estar, que influenciam positivamente e fazem a pessoa idosa aprender novas habilidades. Abaixo listamos algumas atividades que podem ser essenciais para que esses indivíduos se mantenham sempre ativos. 

  • Jardinagem: A melhor e com certeza mais terapêutica atividade. O contato com a natureza ensina a importância da dedicação e da paciência nessa fase. 
  • Esportes: Essa atividade colabora com a mobilidade da pessoa idosa, fortalecendo músculos e articulações. 
  • Meditação: Meditar é um dos hobbies para a 3ª idade que mais trazem benefícios, favorecendo sua qualidade de vida e imunidade. 
  • Dança: Quem nunca ouviu que quem dança seus males espanta? Dançar faz bem para o corpo e alma!

Dicas para cuidadores de idosos lidarem com a solidão e a depressão

O cuidador tem o papel de auxiliar a pessoa idosa com atividades cotidianas de inclusão social e rotineiras. É ele que será responsável por manter cuidados com a alimentação da pessoa idosa, devendo utilizar de um cardápio especial,e inserir refeições em horários corretos. O cuidador também deverá estar atento a possíveis limitações que o indivíduo possa enfrentar – locomoção, mobilidade, autonomia – e lidar de uma forma calma e amigável, para que preserve a qualidade de vida da pessoa sem interferir nas suas escolhas pessoais. 

Além disso, o profissional também será o “amparo” da pessoa idosa para demais atividades, estimulando atividades de socialização com outras pessoas, atividades de rotina e exercícios que podem ser realizados ao ar livre, como uma caminhada por exemplo. 

O cuidador é extremamente importante na vida e saúde mental do indivíduo, o conforto emocional passado pelo acompanhamento diário de sua rotina pode melhorar significativamente o sentimento de solidão. Além disso, evita que outras doenças tenham prevalência sobre a vida dessa pessoa, como a depressão por exemplo. 


A importância da detecção precoce de sintomas de depressão e ansiedade na terceira idade

O transtorno mental que mais possui incidência em pessoas idosas é a depressão. De acordo com dados de 2018 do Ministério da Saúde, há alta taxa de suicídio entre pessoas com mais de 70 anos. Nessa faixa etária, foi registrada a taxa média de 8,9 mortes a cada 100 mil pessoas idosas. 

É importante e imprescindível que familiares e profissionais estejam atentos a mudanças de comportamento da pessoa idosa, mesmo que sejam pequenas. Abaixo listamos alguns indícios de que a solidão pode estar se tornando algo mais grave do que parece, exigindo portanto ajuda profissional. 

  • Alterações rápidas de humor;
  • Tristeza profunda;
  • Choro sem motivo aparente;
  • Queixas de dores pelo corpo ou de cabeça;
  • Desânimo e cansaço generalizado;
  • Insônia.

Podemos ressaltar também que a depressão em pessoas idosas costuma se desenvolver em pacientes cujo histórico já apresentou quadros depressivos anteriores. Quando esse quadro clínico não é tratado corretamente ao longo do tempo, esses desequilíbrios emocionais podem sobretudo piorar doenças crônicas já existentes, como o diabetes e a pressão alta. 

Com tudo isso, percebemos a importância de um cuidador na vida da pessoa idosa. O cuidador é quem estará atento a qualquer sinal ou indício que o indivíduo possa dar de problemas emocionais.

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