Após os 60 anos, é natural o corpo humano apresentar falta de equilíbrio, fraqueza muscular e redução da capacidade funcional. Esses fatores, a partir dos 80 anos, aumentam significativamente e facilitam a ocorrência de quedas e outros acidentes mais graves.
Quando ocorrem, as quedas representam muitos riscos à saúde e independência do idoso que demandam atenção, dedicação e cuidados por parte da família que, muitas vezes, não têm a orientação necessária para lidar com a circunstância – tornando indispensável a presença de um profissional cuidador.
Segundo a Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (Sbait), no mundo, a cada segundo, pelo menos um idoso sofre uma queda – seja em casa ou na rua. Por isso, quando tratamos desse assunto, entender a gravidade desses acidentes, conhecer suas causas mais comuns e saber como preveni-las é fundamental para evitar tais situações.
Os riscos de queda do idoso
A queda em idosos pode resultar em riscos que partem desde problemas psicológicos – como o possível isolamento por medo de sofrer outras quedas e, consequentemente, depressão – até disfunções como perda da funcionalidade e independência, necessidade do uso de bengala ou andador e assim por diante.
Nos casos mais graves, a queda pode deixar o paciente acamado e levar a quadros de tromboembolismo venoso, lesões por pressão, infecções e, até mesmo, ao óbito. Esses quadros, quando apresentados, geralmente são decorrentes de fraturas – um dos maiores riscos da queda entre os idosos.
Fraturas
As fraturas mais graves que o idoso pode apresentar são a de fêmur e o traumatismo cranioencefálico.
Em ambos os casos, devido a idade, dificilmente os pacientes se recuperam 100%, mas o acompanhamento médico e psicológico são capazes de promover melhores condições de vida para o paciente – e o acompanhamento com cuidador pode auxiliar nas atividades de vida diária.
Sobre o fêmur, a fratura é uma grande complicação para o idoso pelo tempo de imobilismo. Isso interfere na qualidade geral da musculatura e também na capacidade cardiorrespiratória, além do risco de embolia pulmonar.
Em função disso, existe uma elevada mortalidade do idoso depois de fraturá-lo. Como é uma condição bastante delicada, o risco de mortalidade também envolve o período pós-operatório do quadro.
Morte
Quando a queda deixa o idoso acamado, como dito acima, é comum surgirem quadros com lesões de pele e outras infecções. Estas, por sua vez, são difíceis de reverter e, comumente, levam ao óbito.
Tendo em vista que as fraturas envolvem um grande período de recuperação, elas são o motivo mais frequente pelo qual essas infecções se apresentam – representando um declínio significativo na mobilidade e saúde do idoso como um todo.
Principais causas de quedas em idosos
Os idosos caem por vários motivos, e algumas pessoas consideram algo natural do processo de envelhecimento. No entanto, não podemos encarar desta forma, pois como vimos acima, pode levar o idoso à morte!
Podemos dividir os motivos das quedas em fatores intrínsecos (relacionados ao indivíduo) e extrínsecos (relacionados ao ambiente). Mas não podemos considerar apenas um dos fatores como causa única de uma queda. Por isso, é fundamental entender estes dois fatores e trabalhar na prevenção de quedas.
Fatores Intrínsecos | Fatores Extrínsecos |
– doenças (alzheimer, parkinson, diabetes, hipertensão, etc.) – disfunção de marcha (por doença, perda de força muscular, etc.) – visão – medicamentos (sedação, sonolência, etc.) | – piso – iluminação – escadas – tapetes, fios e obstáculos |
À medida que envelhecemos, os músculos, ossos e articulações sofrem alterações fisiológicas que afetam a mobilidade e que podem impactar na nossa independência, o que torna indispensável o acompanhamento de um fisioterapeuta para garantir a manutenção da mobilidade e musculatura.
Por isso, alguns dos primeiros sinais visíveis do envelhecimento são as alterações na coluna e a dificuldade ao caminhar – contribuindo bastante para o risco de quedas.
Diante dessas situações, é preciso estar atento aos possíveis obstáculos da casa que podem pôr o idoso em situação de vulnerabilidade – bem como adaptar os cômodos e deixá-los acessíveis em termos de mobilidade. Mas vamos falar melhor sobre esses detalhes adiante.
Diabetes
Segundo pesquisas recentes, parece haver uma associação entre estado hiperglicêmico e o declínio das condições de mobilidade, aumentando o risco de quedas e outros acidentes semelhantes.
Então, familiares de idosos com diabetes devem manter-se atentos a questões como problemas ao caminhar e dificuldade de equilíbrio.
Doenças neurodegenerativas
No mais, doenças neurodegenerativas também têm uma ligação com a possibilidade de queda entre idosos, principalmente Alzheimer e Parkinson:
Alzheimer
Nas fases mais avançadas da demência, é comum o paciente perder a noção de tempo e espaço – desenvolvendo riscos como se perder dentro da própria casa, tornando-o vulnerável para possíveis quedas.
É bem comum pacientes com Alzheimer sofrerem tais acidentes.
Parkinson
No que se refere ao Parkinson, por se tratar de uma doença que afeta a nossa capacidade motora como um todo, aqueles que se encontram em etapas mais “evoluídas” da doença são suscetíveis a sofrerem quedas – seja em casa ou na rua.
Como evitar quedas em idosos
Embora as quedas apresentam grande perigo para quem está na terceira idade, alguns hábitos simples e pequenas dicas podem evitar acidentes e garantir a segurança do idoso – como instalar barras de apoio em banheiros, optar por pisos aderentes, utilizar andador e, claro, optar por contratar um cuidador de idosos profissional.
Além disso, é importante deixar os cômodos da casa com menos objetos que possam se tornar obstáculos, bem como manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas que fortaleçam a musculatura e a mobilidade do paciente.
Adaptações nas acomodações
Para evitar quedas em casa, a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, do Ministério da Saúde, lista 9 medidas de prevenção:
- Evitar tapetes soltos;
- Garantir corrimão nos dois lados de escadas e corredores;
- Usar sapatos fechados com solado de borracha;
- Colocar tapete antiderrapante no banheiro;
- Evitar andar em áreas com piso úmido;
- Evitar encerar a casa;
- Evitar móveis e objetos espalhados pela casa;
- Deixar uma luz acesa à noite, para o caso de precisar se levantar;
- Se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio.
A fisioterapia e a manutenção da mobilidade do idoso
Agora que já sabemos como a perda de mobilidade pode contribuir para o risco de quedas, exercitá-la é a melhor forma de prevenir tais acidentes.
Nestes casos, o fisioterapeuta é o profissional mais indicado para acompanhar o idoso. Ele vai personalizar um programa de exercícios de acordo com as necessidades e expectativas do paciente, visando melhorar o equilíbrio e a marcha, além de corrigir problemas específicos que contribuem para o risco de queda.
Nos casos daqueles pacientes que caíram mais de 1 vez ou tiveram problemas nos testes iniciais de equilíbrio e de marcha, devem ser encaminhados à fisioterapia ou a um programa de exercícios.
Cuidadores de idosos com experiência
Além de todos esses cuidados que devem ser mantidos, não deixar o idoso sozinho também é uma medida de prevenção fundamental – e para isso, a família nem sempre tem disponibilidade para suprir a demanda.
Tendo isso em mente, a presença de um cuidador de idosos deve sempre ser considerada entre os familiares. Esse profissional, além de acompanhar o idoso, também fornece assistência em todas as suas tarefas diárias – acompanhando desde a alimentação, higiene, medicamentos e tudo aquilo que faz parte de sua rotina.
Ao contratar um cuidador de idosos, a família promove um atendimento de qualidade para o paciente e, ainda, encontra um profissional qualificado para dividir as inúmeras demandas que acabam surgindo ao longo do tempo. E o paciente, por sua vez, tem companhia para conversar, caminhar, praticar jogos e atividades que estimulem o corpo e a mente e tudo aquilo que lhe proporciona qualidade de vida, com a segurança de cuidados qualificados e experientes.
Na Personale Saúde, você conta com a nossa equipe de cuidadores de idosos que, em sua totalidade, possuem no mínimo, curso de cuidador de idosos em modalidade presencial (não aceitamos cursos à distância). Também possuímos muitos cuidadores de idosos que estão em formação técnica em enfermagem, ou ainda, graduação em enfermagem.
E caso não haja adaptação do profissional no cuidado com o seu familiar, ou qualquer outra situação em que não esteja de acordo, você pode solicitar a substituição do cuidador de idosos, sem custo.