Diversas são as sequelas decorrentes de um AVC. Algumas delas tendem a ser irreversíveis e podem prejudicar a vida do idoso ao longo do tempo, se não forem tomadas as devidas precauções com o auxílio de um profissional.
O que é o AVC?
O AVC ou acidente vascular cerebral acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, e acabam provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que tende a ocorrer mais em homens ou em pessoas que apresentam pelo menos um dos fatores de risco como sedentarismo, sobrepeso, diabetes, pressão alta ou uso excessivo de álcool e drogas. O AVC é uma das principais causas de morte, incapacitações e internações em todo o mundo.
Como fica um idoso após um AVC?
Após a doença instaurada no corpo do idoso, em alguns casos as sequelas são irreversíveis. Mesmo que muitos não sejam levados a óbito, a qualidade de vida se torna prejudicada pela doença, pois o AVC é ainda mais grave em idosos que em jovens. Entre os prejuízos na vida do idoso, acredita-se que 70% tenha algum problema funcional e em torno de 30% tenha dificuldade de locomoção.
A doença ainda pode causar o comprometimento da sensibilidade física, dificuldade para falar e ter compreensão, alterações visuais, lesões cerebrais e no tronco. Até mesmo problemas neurológicos podem acometer o idoso como a depressão, que se dá muito pelo fato da condição de vida em que o idoso é submetido repentinamente após a doença.
Os tipos e sintomas do AVC
Existem dois tipos de AVC que podem ocorrer, o “Isquêmico” e o “Hemorrágico”. Ambos podem prejudicar a capacidade do intelecto do indivíduo, bem como sua locomoção. Veja abaixo a diferença entre eles:
• Isquêmico
Esse é o tipo mais comum de AVC. Ele tende a ocorrer quando existe a restrição do fluxo sanguíneo em uma das artérias, o que acaba provocando a interrupção da oxigenação cerebral. Pode ser provocado através de coágulos que se formam dentro dos vasos sanguíneos da área cerebral ou coágulos que se formam em outras áreas e percorrem a circulação até obstruir.
Nesse caso ocorrem alguns sintomas bem comuns como:
- Dificuldade para movimentar a face;
- Perda da força muscular;
- Alterações visuais;
- Tonturas;
- Dificuldade de comunicação e compreensão;
- Alteração no nível de consciência e memória.
• Hemorrágico
Esse é o tipo mais grave. Nele ocorre o extravasamento do sangue em determinada área cerebral, provocando uma hemorragia, que é proveniente da ruptura ou lesão de uma artéria.
Os sintomas mais comuns nesse caso são:
- Dor de cabeça repentina;
- Cefaléia;
- Aumento da pressão intracraniana;
- Náuseas e vômitos;
- Problemas neurológicos parecidos com os que são provocados pelo acidente vascular isquêmico.
Quais as causas do AVC
Diversas são as causas para o acontecimento dessa doença tão grave e preocupante para toda população, tanto adulta quanto na terceira idade. Porém, existem alguns fatores modificáveis e não modificáveis. Vamos entender como isso funciona.
Os fatores modificáveis são aqueles que até podem nos acompanhar, mas de certa forma, podemos ter um certo controle sobre eles e até mesmo revertê-los. É o caso de problemas como uma arritmia cardíaca, diabetes, hipertensão, tabagismo, sedentarismo, obesidade, ingestão de álcool e o estresse do dia a dia.
Algumas dessas doenças possuem tratamento e se feito de forma correta é possível que sejam controladas. Porém, hábitos de vida devem ser rotina na vida de um jovem adulto até a terceira idade. Eles que irão garantir um corpo sadio e uma mente sã. Claro, isso não impede que ao chegar na velhice o idoso ainda não possa correr o risco de desenvolver um AVC, mas contribui para que esse “risco” seja ainda menor.
Os outros fatores são os não modificáveis, que como dito anteriormente são fatores que não podemos mudar, como, por exemplo, a idade, já que o risco aumenta conforme o avançar dos anos.
Quais são as sequelas do AVC no idoso
As sequelas mais comuns são aquelas ligadas às estruturas cerebrais irrigadas pela artéria cerebral média, local mais comum onde ocorrem os principais AVCs. Sendo assim, as sequelas motoras são as mais comuns, como: dificuldade para movimentar membros do corpo, para ler, falar, engolir e compreender o que é dito. Pode ocorrer também a falta de sensibilidade em algum dos lados do corpo, perda da visão, incontinência urinária e fecal, problemas de memória e mudanças no comportamento, como isolamento, irritabilidade e estresse.
É importante frisar que quanto mais tempo o idoso passa sem receber o atendimento médico correto, mais sequelas ele é passível de ter. Por isso, a agilidade no tratamento é imprescindível.
Após a fase aguda passar, é necessário que seja feita uma reabilitação com o idoso, a fim de reduzir as sequelas, seguindo orientações de um cardiologista e um neurologista. Prevenir que novos eventos possam ocorrer com o idoso é ainda mais importante, por isso, ter um profissional especialista acompanhando seu dia a dia é fundamental. Na Personale contamos com uma equipe multidisciplinar que pode auxiliar nesse processo de reabilitação e prevenção.
Quais os tratamentos para o AVC no idoso
O tratamento para o AVC deve ser feito o quanto antes possível, já podendo ser iniciado pelo médico dentro da ambulância com anticoagulantes e anti-hipertensivos para estabilizar a pressão arterial e os batimentos cardíacos. Também é indicado o uso de oxigênio para facilitar a respiração. Após esse tratamento inicial, é necessário identificar o tipo do AVC através de uma tomografia ou ressonância.
Para tratar o tipo isquêmico por exemplo, é necessário o uso de medicamentos capazes de controlar o crescimento do coágulo e evitar o entupimento dos vasos cerebrais, realização da trombólise com injeção de APt (uma enzima que só pode ser administrada quando o AVC isquêmico já está confirmado), cateterismo cerebral e o controle da pressão arterial com anti-hipertensivos.
Já no AVC do tipo hemorrágico, o tratamento é feito através do controle da pressão arterial, com anti-hipertensivos, além do uso de catéter de oxigênio e monitorização dos sinais vitais para que o sangramento seja controlado de forma mais rápida.
Como o cuidador pode ajudar o idoso com AVC
O cuidador de idosos tem o papel essencial tanto na fase inicial da doença, quanto na prevenção de novos eventos. É ele que irá auxiliar o idoso no seu dia a dia e tornar sua qualidade de vida mais saudável e estável.
Esse profissional também poderá estabelecer uma rotina para o idoso com exercícios funcionais que auxiliam tanto na parte cognitiva quanto física, visto que o AVC causa sequelas em ambas as partes do corpo e mente.
Junto de uma equipe multidisciplinar, como é o caso do que oferecemos dentro da Personale, o idoso também fica amparado por outros profissionais como fisioterapeutas que poderão auxiliar em cuidados gerais para a melhora dos movimentos e o retorno a atividades básicas na vida do indivíduo.
Além disso, outros profissionais como os fonoaudiólogos podem auxiliar na parte da fala e compreensão, estimulando novamente que o idoso se comunique de forma consciente e entenda também outras pessoas.
Dentro da nossa equipe contamos com esses profissionais e muitos outros como, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e equipamentos de apoio como, cadeira de rodas, barras de apoio e muitos outros.
Garantir uma melhor qualidade de vida para um familiar que passou por algo tão grave é extremamente relevante para mantê-lo seguro e amparado 24 horas por dia.