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Perda de memória em Pessoas Idosas: Causas e Cuidados

A perda de memória é algo que acontece gradativamente, principalmente quando a pessoa vai se aproximando da terceira idade. Entenda nesse texto as causas e os cuidados que deve tomar com idosos em situações como essas.

Com o avançar da idade, alguns idosos tendem a ter a perda gradual de memória, que nem sempre pode ser classificada como sintoma de Alzheimer, afinal existem diversas outras causas para isso, e hoje você vai entender cada uma delas.


O que causa perda de memória no idoso?

Pequenos esquecimentos são comuns a partir dos 60 anos de idade, e estes lapsos de memória ocorrem em função da morte de neurônios que faz parte do processo de envelhecimento. Diversas são as causas para a perda de memória no idoso, mas destacam-se principalmente o transtorno de ansiedade, depressão, distúrbios no sono, uso de medicamentos e o desenvolvimento de doenças neurológicas.

A grande maioria dessas causas podem ser evitadas se diagnosticadas precocemente, podendo até mesmo revertê-las através de uma vida mais saudável e ativa. Abaixo citamos algumas das doenças que podem comprometer a memória do idoso e suas funções.


Demência

A demência é caracterizada pela diminuição geral de atividades e habilidades comuns, como memória, linguagem e raciocínio. É uma doença que interfere nas atividades normais do idoso e seus relacionamentos. Os principais indícios de uma pessoa com demência é a baixa capacidade de lembrar das coisas, perda de habilidades que eram habituais e a incapacidade de lembrar de coisas normais do dia a dia.

Em alguns casos, os idosos são acometidos com problemas para reconhecer pessoas próximas, como familiares ou amigos, e podem acabar apresentando um comportamento mais agitado. A demência é uma doença que não pode ser classificada como consequência do envelhecimento, porém, é muito mais frequente em indivíduos na terceira idade.


Alzheimer

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que afeta gradativamente as funções cognitivas, e é caracterizado pela morte das células do cérebro.

O processo da doença se dá quando ocorrem erros no processamento de certas proteínas do sistema nervoso central. Com isso, surgem fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios.

Dessa forma, a perda de memória em idosos diagnosticados com Alzheimer ocorre pela morte de neurônios em regiões do cérebro, como o hipocampo, que tem como função controlar a memória, e o córtex cerebral, fundamental no controle da linguagem, raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento. Assim, ocorre o comprometimento da capacidade mental, prejudicando, por exemplo, a memória, a fala e a realização de atividades do dia a dia.

Esta é uma das doenças mais comuns na terceira idade. Isso porque após os 65 anos os riscos de ter Alzheimer dobram a cada dois anos. Atualmente, estima-se que 11% das pessoas com 65 anos apresentam os sintomas, ao passo que, com 85 anos, esta parcela sobe para um terço dos idosos.

Embora seja rara a manifestação da doença do Alzheimer em pessoas jovens, fatores genéticos, histórico de traumas cranianos e hipertensão arterial podem aumentar a probabilidade. Com isso, ela pode desenvolver-se precocemente, por volta dos 50 anos.


TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

O TDAH é uma doença que normalmente tem seu início logo no período da infância, mas quase 50% das pessoas acabam descobrindo a doença na fase adulta, com sintomas passando despercebidos ou negligenciados durante a infância.

Esse distúrbio neuropsiquiátrico apresenta sintomas como a dificuldade de aprendizagem, desatenção, impulsividade e hiperatividade, e acarreta prejuízos tanto na vida adulta quanto profissional.

O TDAH é uma desordem neurobiológica e pode ser causada por fatores genéticos ou não, é normal que pacientes com esse transtorno reclamarem muito de “esquecimentos” repentinos, pois esse é um transtorno que faz com que a pessoa tenha dificuldade de manter a atenção e o foco. No tocante a memória, ele afeta diretamente a memória de trabalho, um tipo específico de memória a curto prazo onde a informação é armazenada de forma breve. Uma forma de melhorar esses sintomas é manter um estilo de vida saudável, com boas noites de sono, evitar altos estímulos (telas de celular, computadores ou televisão) ou realizar exercícios de concentração plena.

Alguns sintomas frequentes desse distúrbio são:

  • Não escutar quando lhe dirigem a palavra.
  • Ser facilmente distraído por estímulos externos.
  • Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.
  • Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades.
  • Perder objetos necessários às tarefas ou atividades.
  • Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado. É comum o hábito da procrastinação nesses indivíduos.
  • Deixar de prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante outras atividades.
  • Não seguir instruções, não consegue terminar tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho.

Privação de sono crônica

O sono possui grandes funções em nosso organismo, como a regulação das funções endócrinas, restauração da energia e do metabolismo cerebral, reparação dos tecidos, além da consolidação das memórias.

Portanto, a privação de sono (dormir menos que 6 a 8 horas por dia) pode acarretar problemas graves de saúde, que prejudicam a memória, concentração, problemas para tomar decisões, alterações do humor e risco de desenvolver doenças psiquiátricas.


Medicamentos

Existem alguns medicamentos que contribuem para a perda de memória, através de uso excessivo ao longo dos anos. Alguns deles são os conhecidos como sedativos ou hipnóticos (como o zolpidem), ansiolíticos, antidepressivos, relaxantes musculares, anticonvulsivantes e calmantes (como rivotril e diazepam).

Outro medicamento muito usado por idosos são os anticolinérgicos, comum para o tratamento de rinite, enjoo, incontinência urinária, Doença de Parkinson e pressão alta, estão altamente associados ao risco aumentado para problemas de memória. Uma pesquisa realizada pela revista “Neurology” aponta que 47% das pessoas que fazem uso deste medicamento pode ser afetadas por um prejuízo cognitivo leve – que pode ser um precursor da demência – no prazo de uma década, em comparação a outras pessoas que não fizeram uso do medicamento.

É importante lembrar que a administração e indicação desses medicamentos só pode ser feita por profissionais capacitados.


Quando a perda de memória é preocupante?

É normal que existam alguns lapsos de memória em nosso cotidiano, mas quando isso começa a se tornar comum deve-se acender um sinal de alerta.

Observe se existe algum comprometimento das atividades diárias na vida do idoso, algo que possa diminuir seu rendimento diário ou performance do dia a dia com sua rotina de afazeres. Caso esteja ocorrendo frequentemente certos esquecimentos que não são habituais é importante procurar ajuda de um médico especialista para que o caso seja revertido e tratado.


Como estimular a memória do idoso

É importante que o idoso se mantenha sempre em movimento, realizando uma atividade física, esportes e artesanatos. Isso porque, além de estimular seu corpo, também estimula sua mente.

Existem alguns estímulos bem importantes que podem contribuir para a melhora da memória do idoso, e o cuidador é o profissional que poderá realizar eles com maestria.

Todos os dias o idoso deve aprender algo novo, podendo ser uma música, receitas novas, conhecer novos lugares ou aprender um instrumento musical. Além disso, ele também deve ser estimulado através dos seus sentidos, tentando adivinhar o cheiro ou sabor de um tempero ou escutando uma nova música.

Jogos de tabuleiro também são excelentes aliados na manutenção da memória do idoso. Os mais famosos são o sudoku, jogo da memória, xadrez ou palavras cruzadas. São atividades que além de divertir podem ajudar na função cognitiva.


A importância do cuidador no cuidado com idosos com perda de memória

Quando idosos apresentam lapsos de memória correm riscos graves ao longo do dia, como:

  • esquecer de tomar suas medicações que, além de prejudicar o tratamento de doenças crônicas, pode ocasionar quedas;
  • esquecer de coisas simples, como o fogão ligado, por exemplo, colocando-se sob o risco de incêndio;
  • sair para alguma atividade externa e esquecer o compromisso que tinha, ou ainda o caminho de volta para a casa;

O cuidador de idosos se torna imprescindível na rotina de um idoso que sofre com a perda de memória. O profissional será capaz de compreender sua rotina, lidando com horários de medicamentos, refeições ou consultas médicas. Além de, é claro, proporcionar uma melhor qualidade de vida ao idoso.

A equipe multidisciplinar da Personale Saúde possui tudo isso e muito mais. Com uma estrutura amplamente capacitada, é oferecida a melhor experiência de cuidados home care com idosos. O indivíduo possui toda assistência necessária através do auxílio de especialistas, como nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, cuidadores, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.

Com tantas opções de serviço para promover um envelhecimento com qualidade, por que continuar fazendo mais do mesmo e tentando buscar opções sozinho? Na Personale temos tudo que é necessário sem que você precise ir atrás de profissional por profissional para garantir segurança e estabilidade na vida do seu familiar.

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