A doença de Parkinson acomete principalmente a mobilidade da pessoa idosa e sua saúde mental. Lidar com esses fatores é um desafio para o cuidador, porém se bem realizado o tratamento pode melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa. 

O Parkinson é um distúrbio neurológico degenerativo que afeta o sistema motor e cognitivo dos pacientes. Embora as causas da doença ainda sejam em parte desconhecidas, as alterações genéticas podem ser um dos fatores associados.


Entendendo a doença de Parkinson e seus efeitos na mobilidade do idoso

O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, que se apresenta de forma crônica e progressiva. 

Este distúrbio acomete uma região do cérebro chamada substância negra. É nesta parte que estão as células produtoras de dopamina, responsável por conduzir correntes nervosas (os chamados neurotransmissores) ao corpo. 

A dopamina é uma substância dentro do cérebro que nos faz realizar os movimentos de forma automática, ou seja, não é necessário que um indivíduo pense em cada movimento a ser realizado, pois os músculos apenas o fazem. Por isso, com a morte das células, os movimentos dos indivíduos, dentre outras funções, são afetados.

A mobilidade por sua vez acaba sendo reduzida nesta doença, pois a pessoa idosa passa a ter dificuldade na locomoção e apresenta diversos sintomas, são eles: 

  • rigidez nas articulações, chamadas popularmente de juntas,
  • alterações em apenas um lado do corpo,
  • instabilidade postural, marcada por desequilíbrios e quedas,
  • passadas mais lentas e curtas,
  • dificuldade para controlar a saliva, o que leva a pessoa idosa a babar,
  • deixar de piscar,
  • dores musculares,
  • dificuldade para escrever bordar, ou fazer outro movimento de maior precisão.

Os desafios enfrentados pelos idosos com Parkinson na realização de atividades diárias

Durante as atividades diárias, a pessoa idosa com Parkinson pode enfrentar dificuldades para lidar com tarefas simples do dia a dia, como ir ao banheiro, se vestir ou tomar banho, e nesse caso a rotina com um cuidador de idosos se torna imprescindível. É importante lembrar também que quanto maior forem as limitações, maior será o impacto nas atividades que o cuidador precisará desempenhar, pois as pessoas idosas com Doença de Parkinson que apresentam alto grau de transtornos motores, disfunções cognitivas ou distúrbios neuropsiquiátricos causam maior sobrecarga ao profissional. 

Além disso, alguns sintomas da doença como o tremor, rigidez e lentidão dos movimentos podem dificultar para a pessoa idosa realizar sua alimentação sozinha, ou preparar seu próprio alimento. 

A adaptação à vida com Doença de Parkinson, com as limitações e dificuldades do dia a dia, é revelada pela conscientização da necessidade de melhor cuidar de si. Isso mostra a importância de se ter um profissional que preste assistência na área de enfermagem, e que incentive o paciente no autocuidado, para que eles possam conviver mais confortavelmente com a doença, apesar das mudanças que ocorrem ao longo de seu desenvolvimento. 


A importância da mobilidade para a qualidade de vida do paciente com Parkinson e Dicas práticas para ajudar a pessoa idosa com Parkinson a se movimentar com mais facilidade

Os principais sintomas da doença de Parkinson são a dificuldade de equilíbrio e locomoção. Por isso, para promover uma melhor qualidade de vida para o paciente é importante que seja mantida uma rotina com exercícios e fisioterapia constante. A atividade física pode ajudar a melhorar a mobilidade e o equilíbrio, o que pode levar a uma maior independência e confiança nos movimentos do dia a dia, seja caminhar ao ar livre ou até mesmo limpar alguns cômodos da casa. 

Manter atividades diárias para a pessoa idosa é muito importante, pois nesse caso em específico as limitações causadas pela doença fazem com que elas sintam que não são úteis para a sociedade, então estimular a mobilidade através de atividades diárias é muito importante. 

Abaixo listamos algumas dicas práticas que o cuidador pode iniciar para ajudar a pessoa idosa com Parkinson a se movimentar com maior facilidade:

  • Estimule a pessoa idosa para que pratique um exercício pela manhã;
  • Estabeleça uma rotina com horário que respeite sua alimentação e medicamento;
  • Faça o exercício depois de 30 minutos à 1h após tomar seus remédios de Parkinson. Nesse horário a pessoa idosa estará menos rígida;
  • Estabeleça uma meta factível, por exemplo, caminhar 2 voltas no quarteirão de casa;
  • Estimule a pessoa idosa a não se preocupar com o que os outros vão pensar nem se sentir envergonhada. Isso piora a sensação de “congelamento” e dificuldade de andar do Parkinson;
  • Mantenha a regularidade. Os exercícios devem ser praticados pelo menos 5 dias na semana com o paciente.
  • Comece em qualquer dia. Você não precisa esperar a segunda-feira para começar. 

A importância da fisioterapia na melhoria da mobilidade do paciente com Parkinson

O tratamento para este distúrbio neurológico visa retardar a sua evolução e tratar dos sintomas, já que ainda não existe cura para quem tem Parkinson. Isso porque, as células do cérebro não se regeneram. Com isso, a morte dos neurônios produtores de dopamina será sempre irreversível.

Desse modo, são recomendados tratamentos como fisioterapia, atividades físicas, suporte psicológico e nutricional e terapia ocupacional. A fonoterapia, entre outros tratamentos, irá ajudar na melhora dos problemas que afetam a fala do paciente.

A fisioterapia tem o papel de ajudar a pessoa idosa nas suas limitações no tocante à mobilidade. Portanto, o tratamento deve ser feito desde o início da doença pois o risco de queda e de perda funcional é alto. Nesse sentido, a fisioterapia pode ajudar por meio de:

  • Exercícios aeróbicos (como esteira ou caminhada);
  • Fortalecimento muscular;
  • Alongamento;
  • Equilíbrio;
  • Coordenação.

Além disso, a fisioterapia também trabalha com a bradicinesia (lentidão dos movimentos). O profissional orienta técnicas de sequenciamento de movimentos, ajudando o paciente a criar mecanismos de resposta quando o sintoma ocorrer. Isso o ajudará a executar ações no dia a dia, como levantar-se.

A fisioterapia para os portadores da doença de Parkinson também ajuda na melhora do desempenho de duplas tarefas, isto é, tarefas com duplas demandas, como falar enquanto anda.

Em estágios em que a doença está avançada, quando a dupla tarefa se torna muito difícil de ser executada, o fisioterapeuta o ajuda a identificar a situação para que ele escolha apenas uma tarefa e, assim, evite o risco de quedas.


Tecnologias e equipamentos que podem auxiliar na mobilidade do paciente com Parkinson

Existem atualmente atividades complementares com uso de videogames ou óculos de realidade virtual que ajudam os pacientes com Doença de Parkinson a melhorar a mobilidade, a capacidade de marcha e até mesmo as habilidades cognitivas.

Atualmente, o paciente que sofre da doença também pode contar com aparelhos que servem de apoio no tratamento. A tecnologia que utiliza laser e sucção, é feita em áreas que concentram maiores níveis de dores entre os pacientes, como, por exemplo, as costas. Esse equipamento foi desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro Universitário Central Paulista (Unicep) e a Universidade Martin-Luther-Halle (Alemanha).

O equipamento combina, simultaneamente, fototerapia (laser) e pressão negativa (ou seja, sucção dos músculos). A fototerapia e a pressão negativa juntas são capazes de acelerar as ações de músculos e ossos, aumentando assim a circulação sanguínea, a síntese de colágeno e a ação anti-inflamatória do organismo. Sendo assim, o corpo responde mais rapidamente a estímulos, e os sintomas como rigidez muscular e dores são reduzidos.


Cuidados com a segurança dos idosos com Parkinson durante as atividades diárias

É necessário tomar algumas precauções dentro do lar com uma pessoa idosa que seja portadora dessa doença, isso porque existem alguns objetos que podem se tornar perigosos e causar acidentes. O cuidador terá o papel fundamental nesse caso, promovendo algumas medidas de precaução. 

É imprescindível que se evite deixar objetos espalhados pela casa pois isso pode promover o risco de quedas (que para um paciente com Parkinson pode ser um agravante para piorar a sua condição, podendo causar algo ainda pior, como deixá-lo acamado por exemplo).

Algumas táticas de iluminação também podem ser adequadas, para promover maior visibilidade para a pessoa idosa. Manter um abajur ao lado da cama para que o paciente possa acender sempre que acordar, ou ter ambientes com luzes brancas e com maior potência já ajudam. 

Também é necessário que em ambientes escorregadios e úmidos sejam utilizadas barras de segurança, pois esses locais são onde mais acontecem quedas dentro de uma residência. 

Sempre que possível, a pessoa idosa precisa andar, mexer braços e pernas, bem como alongar o pescoço. É importante que sua individualidade seja respeitada, mas sempre haja um estímulo de mobilidade.  Na hora de levantar-se de uma cadeira, deve-se orientar o paciente a sentar-se na parte mais frontal do assento e trazer o corpo à frente. Isso joga o centro de gravidade do corpo para o tronco, facilitando a tarefa de levantar-se.

É importante lembrar que o cuidador não pode ser protetor demais, poupando a pessoa idosa de se movimentar, fazendo tudo por ele, pois só piora sua condição física. 


O papel do cuidador na promoção da mobilidade e qualidade de vida do paciente com Parkinson

Embora não haja cura para a doença, existem diversos tratamentos que podem ajudar na qualidade de vida das pessoas idosas. Tais terapias irão retardar a evolução dos sintomas existentes e também, o aparecimento de outros.

Nesse sentido, a Personale se apresenta como uma parceira para ajudar nos cuidados básicos com a pessoa idosa. Assim, é possível reduzir o prejuízo funcional decorrente da doença, através da melhora e a autonomia da pessoa idosa com Parkinson.

Ainda contamos com profissionais habilitados para a realização de tratamentos médicos como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros. 

Além de uma equipe multidisciplinar, com profissionais especializados (fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, enfermeiros etc), também contamos com todos os equipamentos necessários, tais como barras de segurança, cadeiras de rodas e dispositivos auxiliares de marcha (andadores e muletas).

Quanto aos nossos cuidadores, estes auxiliarão a pessoa idosa nas atividades básicas do dia a dia (banho e higiene pessoal, vestir roupas, realizar exercícios físicos), colaborando assim na qualidade de vida da pessoa idosa.

O cuidador ou cuidadora também irá incentivar o paciente para a realização dos exercícios de reabilitação, prevenindo quedas e lesões, acompanhá-lo em passeios de descontração e idas ao médico, por exemplo. 

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