O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que evolui gradativamente, afetando, aos poucos, certas funções do cérebro – principalmente aquelas que operam a memória, as habilidades linguísticas, as habilidades de pensamento abstrato e outras funções cognitivas.
A doença se desenvolve a partir de um problema que afeta as áreas do cérebro responsáveis por desenvolver essas funções. O motivo pelo qual isso acontece, no entanto, ainda não é certo, mas parece estar relacionado ao processamento de proteínas.
Acontece que, anteriormente, essas proteínas eram utilizadas e eliminadas de forma devida. Agora, com a doença de Alzheimer, seus restos ficam “presos” entre os neurônios. Por serem tóxicos, esses pedaços de proteína acabam fazendo com que os neurônios parem de funcionar como deveriam – e dependendo da região do cérebro onde o neurônio é afetado, o paciente passa a perder determinadas funções.
O Alzheimer ainda não tem cura, mas o tratamento promove o controle e a amenização de certos sintomas causados por ele – como a agressividade, mudanças de humor e alterações de comportamento, por exemplo. Tendo isso em mente, esta ainda é uma doença caracterizada como crônica, pois quem recebe seu diagnóstico convive com ela diariamente.
No mais, o Alzheimer atinge majoritariamente pacientes maiores de 65 anos de idade, tendo uma progressão que leva, em média, de 8 a 12 anos. Quando a doença se manifesta antes dos 60 anos, é caracterizada como Alzheimer precoce.
Diante disso, é muito importante manter-se atento aos sintomas. Pois, quanto antes for diagnosticado, melhor as opções de tratamento e acompanhamento do paciente.
Quais os sintomas?
A doença é dividida em 3 fases principais e os sinais de Alzheimer podem também variar de acordo com o estágio/fase da doença que a pessoa se encontra. Confira abaixo os sintomas de cada fase do Alzheimer:
Fase Inicial
Alterações da memória, principalmente dificuldade para lembrar dos acontecimentos mais recentes – como onde guardou as chaves de casa, o nome de alguém ou um local onde esteve, por exemplo;
- Desorientação no tempo e no espaço, tendo dificuldade para achar o caminho de casa ou não saber o dia da semana ou a estação do ano que está;
- Dificuldade para tomar decisões simples, como planejar o que cozinhar ou comprar;
- Repetir constantemente a mesma informação, ou fazer as mesmas perguntas;
- Perda de vontade em realizar atividades do dia a dia;
- Perda do interesse por atividades que costumava de fazer, como costurar ou fazer cálculos;
- Mudança do comportamento, geralmente ficando mais agressivo ou ansioso;
- Alterações de humor com momentos de apatia, riso e choro em certas situações.
Nesta fase, a alteração da memória acontece para situações recentes, e a lembrança de situações antigas permanece normal, o que torna mais difícil perceber que pode ser sinal de Alzheimer.
Assim, quando são percebidas estas alterações, não se deve associar somente ao envelhecimento, sendo importante consultar o geriatra e neurologista para que sejam feitas as avaliações e testes de memória que podem identificar alterações mais graves.
É comum, e muito inapropriado, “acusar” os esquecimentos como Alzheimer, com frases como: “Já está com Alzheimer! “Acabou de falar isso! Está com Alzheimer?”. A doença é um problema grave e pode deixar a pessoa constrangida a ponto de excluir-se do convívio social.
A doença de Alzheimer é uma tipo de demência – o mais comum, aliás – , mas possíveis esquecimentos apresentados pelo idoso podem estar relacionados a outro tipo de demência que não o Alzheimer.
Fase Moderada
- Dificuldade com afazeres comuns do dia a dia – deixando o fogão ligado, colocando na mesa alimentos crus ou usando os utensílios errados para limpar a casa, por exemplo;
- Incapacidade de fazer a higiene pessoal ou esquecer de se limpar, usando a mesma roupa constantemente ou andando sujo;
- Dificuldade para se comunicar, não recordando as palavras ou dizendo frases sem sentido e apresentando pouco vocabulário;
- Dificuldade para ler e escrever;
- Desorientação em locais conhecidos, perdendo-se dentro da própria casa, urinando no cesto do lixo, ou confundido os cômodos;
- Alucinações, como ouvir e ver coisas que não existem;
- Alterações do comportamento, ficando muito quieto ou excessivamente agitado;
- Ficar sempre muito desconfiado, principalmente de roubos;
- Alterações do sono, podendo trocar o dia pela noite.
Nessa fase, o idoso torna-se dependente de um familiar ou cuidador, porque já não consegue realizar as tarefas do dia a dia devido a todas as dificuldades e confusões mentais. Sem assistência adequada, a saúde, integridade e até a vida do idoso ficam em risco!
É importante que as famílias NÃO cuidem sozinhas, pois inevitavelmente há o esgotamento familiar e isso resulta no adoecimento dos membros familiares envolvidos no cuidado, além do desgaste das relações familiares. É fundamental ter um cuidador profissional todos os dias ou alguns dias para não sobrecarregar a família.
Mas contratar cuidadores particulares também causa muito estresse e transtornos, por isso a melhor opção é contratar uma empresa de home care, como a Personale Saúde, que cuida de todo o processo de contratação e gestão dos cuidadores para garantir o melhor cuidado ao paciente e a tranquilidade para a família.
Fase Avançada
Na fase avançada da doença, os sintomas já são mais graves e a pessoa pode se tornar bastante dependente, sendo os principais sinais:
- Não memorizar nenhuma informação nova e não recordar as informações antigas;
- Esquecer dos familiares, amigos e locais conhecidos, não identificando o nome nem reconhecendo o rosto;
- Dificuldade para entender o que acontece em sua volta;
- Ter incontinência urinária e de fezes;
- Dificuldade para engolir sólidos ou líquidos, podendo ter engasgos ou demorar muito para terminar uma refeição, necessitando assim de uma sonda para alimentação;
- Apresentar comportamentos inapropriados, como arrotar ou cuspir no chão;
- Perder habilidade para fazer movimentos simples com os braços e as pernas, como comer com uma colher ou apresentar dificuldades para andar, sentar-se ou levantar – por exemplo.
Nesta fase, a pessoa pode passar a ficar mais deitada ou sentada o dia inteiro e, se nada for feito para impedir isso, a tendência é que se torne cada vez mais frágil e limitado. Assim, a presença de um cuidador (preferencialmente um profissional, ao invés de familiar) se torna essencial.
O acompanhamento profissional permite que o idoso estabeleça uma rotina, mesmo na fase avançada da doença, contribuindo para questões como mobilidade e outros afazeres que podem proporcionar uma qualidade de vida maior.
Uma equipe multidisciplinar também é recomendada, pois um fisioterapeuta vai trabalhar com exercícios físicos para fortalecer os músculos e retardar o avanço das perdas motoras; um fonoaudiólogo atua com exercícios que melhoram a deglutição (engolir) e retarda a necessidade de sonda alimentar; um nutricionista garante a alimentação balanceada, com as proteínas e vitaminas necessárias, além de estipular as texturas mais apropriadas para a condição de deglutição do paciente;
Além do mais, na fase final, o paciente pode vir a necessitar do uso de cadeira de rodas ou mesmo ficar acamado, tornando-se totalmente dependente de outras pessoas para realizar tarefas como tomar banho ou trocar fraldas – e isso também demanda tempo, atenção e dedicação por parte do cuidador.
Como confirmar o diagnóstico
Para obter o diagnóstico correto da doença de Alzheimer, é importante consultar um geriatra e/ou um neurologista para avaliar a história clínica da pessoa e observar os sinais e sintomas da doença. Além disso, é indicada a realização de exames como ressonância magnética, tomografia computadorizada e exames de sangue.
São feitos também testes de memória e cognição, como o Mini Exame do estado Mental, Token test, Teste do Relógio e teste de fluência verbal – para avaliar o grau do sintoma apresentado e, assim, conseguir classificar com mais precisão a fase da doença que a pessoa se encontra.
O desafio enfrentado pelas famílias que cuidam
Dito isso, sabemos que a doença é agressiva e causa inúmeras alterações na vida do paciente diagnosticado. Mas é importante entendermos que a família também é bastante afetada nesse processo, tendo a difícil missão de enfrentar tais mudanças e assistir esse processo doloroso.
Os familiares, além de lidarem com o adoecimento de um ente querido, precisam também estabelecer uma rotina que contemple as múltiplas necessidades decorrentes do Alzheimer – como o auxílio nas atividades diárias, medicação, higiene pessoal e tudo aquilo que circunda a doença.
Com a presença diária de um cuidador de idosos, a execução desse planejamento se torna bem menos exaustivo para a família, já que o trabalho do profissional considera essas demandas e cumpre um papel fundamental na promoção de lazer e outras atividades que sejam importantes para o bem estar e a qualidade de vida como um todo.
Além de, claro, não sobrecarregarem nenhum membro da família e permitirem que o doente seja assistido da melhor forma possível a partir de uma abordagem profissional e segura.
Empresas de Home Care especializadas
Há mais de 25 anos no mercado, a Personale Saúde observou de perto as dificuldades das famílias em lidar com o familiar diagnosticado com Alzheimer. Observando, também, o quanto o sofrimento (tanto do paciente quanto da família) consegue ser minimizado ao manter o paciente em casa – em um ambiente em que se sintam seguros e familiarizados.
Nesse cenário, a nossa equipe de cuidadores vem, ao longo da nossa história, promovendo o melhor cuidado possível com o paciente no conforto de sua casa, e próximo a sua família – pois ressaltamos que o Alzheimer, desde o estágio inicial até o avançado, inevitavelmente precisa de um profissional especializado.
E além dos cuidadores, contamos também com a participação da nossa equipe multidisciplinar, com profissionais da fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, odontologia e outros especialistas da área da saúde.
Na Personale Saúde, são mais de 300 pacientes atendidos e mais de 800.000 horas de atendimento com Alzheimer, partindo de uma atuação que tem como foco o cuidado humanizado e a estimulação da autonomia dos pacientes, sempre respeitando as suas necessidades e capacidades.
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