Com o passar do tempo e o avanço da idade é comum que algumas mudanças ocorram, principalmente com a pressão arterial dos idosos. Mas você sabe quando isso se torna um problema? Descubra hoje nesse texto.
Considerada uma doença silenciosa, a hipertensão acomete a maioria da população mundial, atualmente, 33% dos brasileiros sofrem com a doença, também conhecida como “pressão alta”. Porém, idosos que sofrem com esse mal devem possuir cuidados ainda maiores, que são essenciais para sua longevidade.
Quando o idoso é considerado hipertenso?
A pressão alta em idosos pode ocorrer por diversas razões, o próprio avançar da idade já os submetem a diversas complicações e por isso deve-se ficar atento a cada sinal. Os níveis adequados para a pressão do idoso são fatores indicativos para saber se o indivíduo é considerado ou não hipertenso.
Portanto, a pressão ideal do idoso deve ser de até 120 x 80 mmHg. Mas também, pode ser considerada aceitável até 149 x 89 mmHg. Caso exista a presença de outras condições, como Diabetes, Insuficiência Renal e Doença Cardíaca, ela precisa ser mais controlada.
Quais são os sinais e sintomas de hipertensão nos idosos?
Por se tratar de uma doença silenciosa, que muitas vezes só é reconhecida por exames de rotina, não é difícil que o idoso a descubra em estágio avançado. Portanto, o familiar ou cuidador deve estar sempre atento aos sinais e queixas que o idoso relatar, isso pode evitar que acidentes maiores (provocados pela pressão elevada) possam ocorrer com o idoso.
Abaixo listamos alguns sinais indicativos de pressão alta em idosos:
- Dor no peito: A dor no peito pode representar diversas outras condições. Portanto, para saber se o sintoma é de pressão alta ou infarto, por exemplo, é bom prestar atenção em sua intensidade, duração e se aparecem mais sinais simultaneamente. Em resumo, o desconforto é preocupante quando é parecido com uma opressão, aperto ou peso.
- Dor na nuca: Pressão ou desconforto constante na nuca de forma localizada.
- Dor de cabeça: A dor de cabeça constante pode indicar que a pressão sanguínea está se mantendo elevada por tempo demais.
- Tonturas: A tontura pode surgir como consequência da falta de oxigenação em órgãos como o cérebro.
- Zumbido no ouvido: O bloqueio da circulação de sangue no ouvido interno pode provocar o zumbido.
- Fraqueza: Quanto mais o corpo exige esforço do coração, maior será a sensação de fraqueza.
- Palpitações: Muito comum de acontecer em arritmias, que sinalizam um esforço maior do músculo cardíaco, exercendo maior pressão para bombear o sangue.
- Visão embaçada ou duplicada: A falta de foco visual é outro indicativo da pressão alta.
- Sangramento nasal: Vasos sanguíneos dentro do nariz são frágeis e pequenos, o que os torna fáceis de romper. Uma pressão elevada dentro desses vasos leva à ruptura, resultando em sangramento nasal.
- Enjoo: Náuseas e enjoos podem acompanhar a tontura e dores de cabeça em quadros de hipertensão descontrolada.
O que provoca o aumento da pressão arterial?
A causa da hipertensão muitas vezes pode não ser pela genética, mas sim, por maus hábitos ao longo da vida que acabam prejudicando como um todo a saúde do indivíduo.
Fatores como a obesidade, sedentarismo, estresse, tabagismo, uso de álcool excessivo ou uso de sal em quantidades maiores nos alimentos podem desencadear o desenvolvimento da hipertensão arterial em pessoas que já possuem uma tendência hereditária para desenvolvê-la.
Também existem outros problemas e doenças que podem desencadear a pressão alta, como é o caso do distúrbio nos rins. O que acontece são as chamadas lesões renais resultantes de inflamação ou outros distúrbios que podem prejudicar sua capacidade de remover sódio e água suficiente do corpo, aumentando o volume de sangue e a pressão arterial.
Além disso, o hipertireoidismo e outros distúrbios hormonais também podem desencadear a pressão alta em idosos, bem como o uso de medicamentos como corticosteroides, anti-inflamatórios não esteroides (AINES), contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais) e simpatomiméticos (certos descongestionantes, como pseudoefenedrina e fenilefrina, presentes em antigripais).
Quais os principais problemas causados pela hipertensão no idoso?
A hipertensão se não tratada corretamente pode acarretar em uma série de problemas, alguns deles até mesmo irreversíveis. Abaixo listamos as possíveis doenças e condições que afetam os idosos caso a pressão alta não seja controlada.
• Lesão nas artérias: Em um paciente hipertenso, a elevada pressão nas paredes das artérias danifica o seu interior, reduzindo sua elasticidade e resistência. A aterosclerose, que é a deposição de gordura nas artérias, é o mecanismo inicial de quase todas as complicações da hipertensão arterial.
• Aneurismas: O aneurisma é uma condição em que existe o enfraquecimento das paredes das artérias, são dilatações localizadas ao longo do trajeto da artéria. Caso ocorra o seu rompimento o paciente pode ser levado a óbito em poucos minutos.
• Angina: Essa condição ocorre quando o paciente possui obstrução nas artérias coronárias pela aterosclerose. Ela faz com que seja reduzida a quantidade de sangue que chega ao miocárdio, o que se manifesta como angina, que é a dor no peito após um período de estresse ou muita força.
• Infarto do miocárdio: Se a obstrução nas artérias for maior que 90%, a quantidade de sangue que chega ao miocárdio torna-se tão pequena que o músculo cardíaco sofre necrose, e ocorre o evento chamado infarto do miocárdio.
• Insuficiência cardíaca: A hipertensão por si só já aumenta o esforço do coração, ao longo dos anos, esse esforço excessivo vai provocando dilatação progressiva do coração, que por sua vez se torna mais fraco e com baixa capacidade de bombear o sangue corretamente.
• AVC: O AVC é um dos principais vilões de quem possui pressão alta, pois existem riscos em ambos os tipos, tanto isquêmico como hemorrágico. O primeiro ocorre pela deposição de placas de colesterol nas artérias cerebrais; o segundo por tornar os vasos mais frágeis e propícios ao rompimento.
Quais os cuidados com o idoso hipertenso?
Para manter a pressão estável, não basta apenas consultar o médico regularmente e controlar através dos remédios. Existem cuidados que são essenciais para manutenção da pressão do idoso.
Primeiramente, o idoso que necessita de medicação não deve em hipótese alguma interromper seu uso ou utilizar de maneira incorreta. O cuidado deve ser contínuo para que o uso seja sempre regular, conforme a prescrição médica. Além disso, uma rotina de exercícios compensa muito, pois após a atividade física ocorre uma dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos. Com o exercício regular a pressão diminui por conta da manutenção dessa “vasodilatação”.
Agora, algo que se mantém imprescindível é o cuidado diário com a alimentação. É fundamental evitar os alimentos industrializados e os embutidos, pois eles carregam altas doses de gordura e sódio, o que recomenda-se é o preparo de alimentos com temperos naturais livres de sódio.
Atualmente também existem opções disponíveis no mercado para monitorar a pressão em casa, o que se torna mais confortável e acessível.
O idoso que possui a pressão alta, precisa e deve ter um acompanhamento presencial com um cuidador profissional que trará mais segurança e qualidade de vida, pois será responsável por uma série de cuidados de rotina específicos para esse quadro.
Como um cuidador pode ajudar no cuidado à hipertensão do idoso
O cuidador terá o papel de auxiliar na rotina do idoso de forma integral. Ele será responsável por aferir a pressão do idoso, garantindo que esteja tudo bem, controlar seus medicamentos para que sejam tomados nas doses e horários corretos, e manter a sua alimentação de forma saudável conforme a prescrição médica.
A equipe multidisciplinar da Personale possui tudo isso e muito mais. Com uma estrutura amplamente capacitada, é oferecida a maior experiência de cuidados home care com idosos. O indivíduo possui toda assistência necessária através do auxílio de especialistas, como nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, cuidadores, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
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