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O aumento da expectativa de vida dos brasileiros, tornou urgente a discussão a respeito dos desafios que doenças como o Alzheimer, demência com maior incidência em idosos, impõem ao cotidiano das famílias, dos pacientes e seus cuidadores.


Cuidando do bem-estar emocional: como encontrar equilíbrio como cuidador

O processo do envelhecimento expõe cotidianamente, tanto aos idosos quanto às famílias e cuidadores, sentimentos difíceis como por exemplo, insegurança, frustração, tristeza etc.

Por isso, tão importante quanto dar atenção às necessidades dos pacientes e familiares, será o cuidado com a saúde dos cuidadores. São eles que conseguirão lidar de forma paciente e equilibrada com esses momentos.

Devido ao estresse contínuo ao qual os cuidadores são expostos, alguns sinais de esgotamento físico e mental poderão surgir, tais como: dores de cabeça, tonturas, sintomas de má digestão, falta de energia e cansaço, irritabilidade, alterações no sono, dificuldade nas relações interpessoais, entre outras.

Sem o cuidado necessário, o cuidador poderá evoluir para um caso de ansiedade ou depressão. Além disso, existem as doenças psicossomáticas, que ocorrem quando, a partir de um sofrimento emocional, a mente infringe dores e problemas físicos ao corpo.

Então, para você, que é cuidador, possa manter a calma mediante momentos de extrema tensão, será necessário que disponha de uma mente equilibrada. E nisso está a importância do acompanhamento psicológico.

Para um bom atendimento, o cuidador, enquanto estiver no trabalho, precisa conseguir direcionar sua atenção e energia exclusivamente para o idoso. Por outro lado, ao se ausentar, deve ser capaz de se desligar totalmente de suas responsabilidades profissionais, focando na sua vida pessoal.

Ao cuidar de si mesmo, o cuidador poderá garantir a quem está sendo assistido, o melhor atendimento. Isso irá resultar em efeitos positivos na saúde e qualidade de vida do paciente.


Preservando a identidade: estratégias para promover a autonomia do paciente com Alzheimer

Inicialmente, precisamos diferenciar a autonomia de independência:

  • Autonomia: é a capacidade de tomar decisões como por exemplo, o horário do banho, o cardápio do almoço etc.;
  • Independência: é a capacidade de realizar atividades rotineiras sem a ajuda de terceiros, tais como tomar banho, se vestir e fazer exercícios.

Sendo assim, podemos definir que a autonomia se relaciona com a capacidade mental do idoso, ao passo que a independência diz respeito à habilidade física.

A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que diminui gradativamente as funções cognitivas e funcionais. É uma demência que afeta os níveis de independência e autonomia do paciente.

No entanto, quanto mais precocemente o diagnóstico for realizado, maiores são as chances de que os tratamentos terapêuticos e farmacológicos possam auxiliar no retardo da progressão da doença.

Em estágios iniciais, o idoso com Alzheimer costuma apresentar primeiramente uma diminuição em relação à sua autonomia. Isso porque, alguns sinais importantes de perda de memória já podem ser notados, tais como esquecer o horário dos remédios ou deixar uma chama do fogão acesa.

Assim, mesmo que o idoso apresente independência em relação a algumas atividades funcionais, ele já não poderia ser considerado autônomo. Em casos como esse, o doente não é capaz de se responsabilizar pelas decisões em seu cotidiano.

Porém, mesmo que sob supervisão, é essencial que seja permitido ao idoso realizar as tarefas que ainda conseguir. Para isso, familiares e cuidadores deverão ajustar essas atividades à atual capacidade do doente.

Estímulos como esses irão transmitir ao idoso a informação de que ainda é útil, o que irá incentivá-lo a se manter tão participativo e independente quanto for possível.

O oposto também pode existir, quando a pessoa com Alzheimer já não se encontra independente, tendo suas capacidades físicas comprometidas por estar acamado ou em uma cadeira de rodas. Por outro lado, as suas capacidades cognitivas para tomada de decisão estariam preservadas.

Encorajar o idoso para que execute sua autonomia também faz parte do tratamento da Doença de Alzheimer. E muitas vezes, esse é mais um dos desafios para os familiares.

Mesmo diante da incapacidade física, é preciso entender que o idoso ainda tem a aptidão e o direito de participar das decisões que lhe afetam. Com isso, evita-se que o doente se acomode e sinta que não tem suas vontades respeitadas.

Além do tratamento medicamentoso, diversas intervenções terapêuticas podem colaborar para que a independência do idoso seja prolongada. Para isso, é de extrema importância realizar a avaliação do nível de independência funcional e cognitiva do idoso.

São esses resultados que irão nortear o planejamento dos cuidados em relação à Doença de Alzheimer. Na Personale Saúde, nossas enfermeiras especialistas realizam toda esta avaliação e, mediante o levantamento das necessidades e expectativas de cada idoso, elaboram um plano de cuidados e oferecem suporte e orientação 24 horas para a equipe de cuidadores treinados e especializados.


Criando um ambiente seguro: adaptações em casa para prevenir acidentes

Com o avanço da idade, as pessoas idosas costumam ter a mobilidade limitada e reflexos reduzidos. Porém, quando a esse fato são adicionados os efeitos decorrentes do Alzheimer, que incluem a perda das habilidades espaciais, os riscos de acidentes domésticos se tornam ainda maiores.

Com a doença em estágio moderado, o idoso pode apresentar dificuldade para realizar tarefas simples e coordenar movimentos rotineiros. Com isso, basta um piso molhado ou um tapete solto para provocar uma queda que pode ocasionar lesões leves, contusões, torções ou até fraturas.

A maioria das quedas de idosos registradas acontecem dentro das residências, muitas vezes à noite, no percurso entre o quarto e o banheiro, por exemplo. Por isso, uma atitude prioritária para os cuidados da pessoa com Alzheimer deverá ser a adaptação da casa para as limitações do familiar doente.

Confira algumas medidas práticas para evitar quedas e outros incidentes:

  • Proporcionar ambientes bem iluminados, com interruptores de fácil acionamento;
  • Usar tapetes antiderrapantes;
  • Proteger as extremidades pontiagudas dos móveis;
  • Deixar a área de passagem livre e manter os móveis sempre no lugar habitual;
  • Usar dispositivos de auxílio como andadores, bengalas cadeiras de banho e cadeiras de rodas;
  • Evitar produtos que deixem o piso escorregadio ou molhado;
  • Instalar barras de apoio nas paredes do banheiro (próximas ao sanitário e chuveiro);
  • Utilizar uma cama de altura confortável e com colchão de densidade adequada ao peso e tamanho do idoso;
  • Manter os ambientes silenciosos. O excesso de sons e ruídos pode causar estresse e confusão no doente.

Comunicação efetiva: técnicas para se comunicar com um ente querido com Alzheimer

No processo de evolução do Alzheimer, a linguagem é uma das primeiras funções a serem prejudicadas, fazendo com que pacientes nessa condição, muitas vezes não reconheçam pessoas próximas ou que apresentem dificuldades para compreender o que está sendo dito.

Com isso, podem aparecer sintomas como por exemplo, pausas longas entre frases ou dificuldade de concluir as frases, esquecer constantemente palavras de uso antes cotidiano, dificuldade de síntese, dando muitas voltas para contar uma história ou concluir um raciocínio, entre outros.

Alguns desses sinais podem ser indício da ocorrência de um distúrbio que costuma acometer os doentes do Alzheimer. A chamada Apraxia verbal é caracterizada pela dificuldade em falar, não conseguindo articular corretamente os músculos envolvidos na fala. 

Embora o Alzheimer não tenha cura, os tratamentos farmacológicos e terapêuticos servem para proporcionar a melhora na qualidade de vida do paciente. Dentre as terapias usuais está a Fonoaudiologia, que irá interceder para o alívio dos sintomas que afetam a fala.

A linguagem é um ponto essencial na manutenção da relação do idoso com seus familiares e cuidadores. Por isso, o mais importante é ter calma e paciência ao iniciar uma conversa com uma pessoa que tem Alzheimer.

Assim, o doente não se sentirá pressionado nem perderá o interesse em se comunicar. Além disso, outras dicas importantes são:

  • Repita as frases quando o idoso parecer não ter escutado. Isso sempre de forma calma, sem alterar a voz.
  • Evite contrariar ou discutir, a fim de não estimular a irritabilidade do idoso.
  • Não interrompa o idoso com Alzheimer quando ele apresentar dificuldade para falar.
  • Procure se comunicar com o máximo de clareza possível, demonstrando exemplos visuais.
  • Ajuste o tom de sua fala um pouco acima do normal e em tom suave;
  • Não trate o idoso de forma infantilizada. Isso estimula o entendimento e a lucidez.
  • Ao falar com o idoso, mantenha sempre contato visual, o que irá ajudá-lo a manter o foco e a atenção.

Nossos cuidadores estão aptos para proporcionar atividades de estímulo cognitivo a pessoas idosas. Essas práticas são fundamentais para controlar o avanço dos sintomas de Alzheimer, garantindo bem-estar e qualidade de vida.

Por meio de nossa equipe multidisciplinar de saúde, acompanhamos possíveis alterações no quadro clínico e oferecemos a melhor linha de cuidados ao paciente.


Lidando com a progressão da doença: adaptações na rotina e cuidados necessários

A evolução da doença do Alzheimer é lenta e apresenta três estágios: leve, moderado e avançado. Entretanto, a detecção dessas fases pode ser bastante difícil, uma vez que suas características podem se sobrepor.

  • Estágio Inicial: alteração na memória, na personalidade e habilidades espaciais e visuais.
  • Estágio Moderado: dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos, dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos, além de agitação e insônia.
  • Estágio Avançado ou Terminal: resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, restrição ao leito, dor à deglutição, mutismo e infecções.

Durante o tempo de evolução da doença, o que pode levar décadas, será preciso ter muita paciência e atenção para cuidar da pessoa com Alzheimer. E isso principalmente no estágio avançado, quando ele precisará de ajuda para realizar tarefas básicas como se alimentar, vestir e tomar banho.

Mesmo na fase inicial da doença, algumas providências ambientais e comportamentais podem ser bastante eficazes.  Alguns exemplos são, realizar passeios, atividades como fisioterapia, academia, encontros familiares, manter nos ambientes relógios para indicar as horas e ambientes abertos com entrada de luz natural, a fim de que o idoso mantenha a noção do passar do dia e da noite.

Medidas como essas irão reduzir a agitação e prevenir a agressividade dos pacientes. No entanto, com o aparecimento de sintomas mais graves, será necessário a prescrição de remédios.

Os familiares e cuidadores precisam ficar sempre atentos ao aparecimento de outros sinais que irão nortear os médicos em relação aos tratamentos medicamentosos necessários, assim como as terapias que serão indicadas.


A importância do autocuidado: dicas para cuidadores se manterem saudáveis e resilientes

Como já falamos anteriormente, o trabalho de cuidador de uma pessoa doente com o nível de dependência que o Alzheimer impõe, implica em uma grande carga tanto emocional quanto física.

Por isso, da mesma forma que os psicólogos e psiquiatras são instruídos a fazer análise constantemente, o acompanhamento psicológico do cuidador é absolutamente imprescindível.

Dito isso, esse autocuidado acaba por ser uma via de mão dupla. Cuidando de si, o profissional garantirá o melhor atendimento para o seu assistido.

É importante que o cuidador se questione frequentemente a respeito do seu real físico, mental, social. Esses são fatores essenciais para essa relação tão intensa e com grande fator de desgaste, que é o trabalho do cuidado de idosos com a Doença de Alzheimer.


Benefícios do home care para pacientes com Alzheimer: proporcionando um ambiente familiar e acolhedor

O serviço de Home Care é indicado desde a fase inicial da Doença de Alzheimer, facilitando a adaptação tanto do idoso quanto dos familiares. Assim, a equipe multidisciplinar poderá ser inserida na rotina familiar de forma gradual.

Quanto ao cuidador de idosos com Alzheimer, este será o profissional que estará preparado para observar e agir de acordo com os sintomas da doença no paciente. Ele acompanhará o idoso em todas as atividades diárias, e saberá como enfrentar as alterações comportamentais, cognitivas e físicas.

Essa atenção especializada será de grande importância para a prevenção de perigos reais aos quais alguns sintomas da doença expõem o paciente e seus familiares. Os lapsos de memória, por exemplo, podem acarretar riscos reais ao idoso. Isso no caso do doente esquecer uma chama do fogão acesa, se perder na rua ou não reconhecer as pessoas, ficando confuso ou agressivo.

Com a progressão da doença, que pode acontecer ao longo de décadas, cuidados constantes se tornarão essenciais. O cuidador fará parte do dia a dia do idoso, realizando tarefas como a higiene pessoal, troca de roupas, a alimentação, a administração correta dos medicamentos, idas ao médico etc.

Se você tem um familiar idoso que precisa de cuidados, ou está enfrentando dificuldades em gerenciar seus cuidadores, conte com nossa estrutura e experiência para oferecer o melhor cuidado para quem você ama.

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