A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, que se manifesta pelo declínio cognitivo e da memória. 

Responsável por mais de dois milhões de casos no Brasil, a doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começam a falhar, causando uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais. 

Ou seja, as conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, eventualmente destruindo a memória e outras funções mentais importantes. As razões pelas quais isso ocorre, no entanto, ainda são incertas. Mas pesquisas recentes identificaram grupos de proteínas tóxicas que se acredita serem responsáveis pelo declínio cognitivo associado à doença. 

Mas para entendermos melhor, é preciso, primeiro, analisar alguns pontos importantes – como os sintomas que o Alzheimer manifesta, os médicos responsáveis pela doença e o que são essas proteínas tóxicas identificadas pelos cientistas. 


Sintomas do Alzheimer

O primeiro sintoma, e o mais característico, é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves, como a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem e prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Entre outros sinais importantes do Alzheimer estão:

  • falta de memória para acontecimentos recentes;
  • repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
  • incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
  • dificuldade para encontrar palavras que exprimem ideias ou sentimentos pessoais;
  • irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

O que é a escala de Braak?

O grau da doença de Alzheimer é medido de acordo com a chamada “Escala de Braak”. Nesse sistema, a demência é classificada em seis estágios principais de lesões cerebrais, sendo o foco sobre as áreas do córtex – intimamente ligado à questão da memória.

Por meio deste, foi possível descobrir que, ao aparecer os primeiros sintomas a partir do estágio três, leva cerca de 35 anos para progredir ao estágio seis – classificado como o mais avançado. Nesse período de tempo, as proteínas acumuladas na região do cérebro afetada se multiplicam diversas vezes.

Ou seja, de maneira geral, esse crescimento exponencial explica porque a doença demora tanto para se desenvolver e, a partir de então, o paciente se deteriora rapidamente.


Descoberta do acúmulo de proteínas tóxicas

Mas que proteínas são essas? 

Pesquisa realizada recentemente, para quantificar a velocidade dos processos moleculares do Alzheimer, identificou grupos de proteínas tóxicas que podem ser responsáveis pelo declínio cognitivo associado à doença. Essas proteínas chegam a diferentes regiões do cérebro precocemente e se acumulam ao longo de décadas. 

A pesquisa é a primeira a usar dados humanos para quantificar a velocidade dos processos moleculares dessa doença neurodegenerativa e, eventualmente, pode ter implicações importantes para o planejamento de tratamentos.


Quem pode ajudar

Por mais que se tenha cada vez mais descobertas a respeito das causas da demência, a doença ainda não tem cura e tende a se agravar com o tempo. Por isso, o paciente e sua família inevitavelmente precisam de ajuda profissional

Para o diagnóstico e tratamento, os neurologistas e geriatras são os profissionais que mais têm contato com a doença de Alzheimer. Mas é importante destacar que é necessário uma equipe multiprofissional para acompanhar o paciente na rotina de cuidados – e no Brasil, os médicos acreditam que, daqui a alguns anos, muitos clínicos gerais também saibam como tratar a doença, considerando os avanços na medicina. 

No mais, tendo em vista as inúmeras dificuldades que o paciente, e também os familiares enfrentam com a doença, é importante compartilhar a sobrecarga da família com alguém especializado no cuidado e acompanhamento – visando o bem estar e a qualidade de vida para o idoso e todos que convivem junto.

O cuidador de pessoa com Alzheimer é preparado para observar e agir de acordo com os sintomas da doença. Ele se ocupa no acompanhamento de todas as atividades diárias, auxiliando nas medicações, na higiene, alimentação e tudo aquilo necessário durante o tratamento. Além de auxiliar a família em sintomas como as alterações no comportamento e nas funções cognitivas e físicas, aliviando a sobrecarga física e psicológica da família.


Cuidados com pacientes portadores do alzheimer

Para começar, é importante destacarmos que o paciente com Alzheimer demanda uma rotina de cuidados bastante extensa – e conforme a doença progride, vai demandando cada vez mais dedicação. 

O tratamento, por sua vez, é sempre programado e estabelecido de forma individualizada – levando em consideração a realidade do paciente, a área do cérebro afetada, o estágio da doença, a idade e assim por diante. Por isso, destacamos 5 cuidados indispensáveis na rotina do paciente, como:

  1. Estímulos para o cérebro

Montar quebra-cabeças, ver um álbum de fotografias ou ler um livro. Podem ser mais que meros passatempos para um paciente com Alzheimer. São exercícios que estimulam as funções cerebrais e auxiliam a treinar a linguagem, a memória e a fazer pequenas tarefas. As atividades podem ser feitas individualmente (em sessões de terapia, por exemplo) ou em grupo. Recomenda-se o acompanhamento com terapeuta ocupacional.

  1. Incentivar a atividade física

Devido à redução na mobilidade do paciente de Alzheimer, dificuldades para andar ou manter o equilíbrio programas individualizados de atividade física são benéficos para a funcionalidade de pessoas com DA leve a moderada. Além de prevenir dores e quedas, melhora a disposição e o humor. Recomenda-se acompanhamento com educador físico e/ou fisioterapeuta.

  1. Medicação, tratamento adequado e orientação

Como dito acima, a doença de Alzheimer não tem cura. No entanto, se diagnosticada no início, o tratamento adequado retarda o avanço e ameniza os sintomas. O SUS disponibiliza várias terapias, incluindo a medicamentosa, e o médico deve indicar a mais adequada de acordo com cada paciente. Atualmente, já existem opções de tratamento de fácil administração que causam menos efeitos colaterais. Recomenda-se o acompanhamento com cuidadores para gerenciar as medicações e garantir o tratamento correto.

É importante consultar o especialista para tirar todas as dúvidas sobre a doença e qual a melhor opção de tratamento para cada caso.

  1. Mantendo o paciente seguro

As confusões mentais e lapsos de memória decorrentes do Alzheimer podem colocar a segurança do paciente em risco. Minimize os contratempos com medidas simples: informe vizinhos e amigos do estado do paciente para que, se necessário, eles o ajudem. Uma pulseira de identificação ou uma etiqueta na carteira podem resolver o problema caso o paciente venha a se perder. O acompanhamento 24 horas com cuidadores também garante a segurança do paciente e a tranquilidade para a família.

  1. Alimentação para o paciente com Alzheimer

A nutrição adequada a cada paciente deve ser orientada por um especialista. Os idosos podem necessitar de uma maior oferta de proteínas: carnes brancas, como peixe e aves; carnes vermelhas magras; leite desnatado; carboidratos e reguladores, fontes de vitaminas e minerais (vegetais, frutas e legumes). Recomenda-se acompanhamento com nutricionista.

Vale ressaltar que lidar com esses cuidados é algo bastante delicado, principalmente para o familiar que nem sempre tem tempo para conciliar sua rotina à assistência do idoso. Diante disso, para garantir os cuidados necessários, a qualidade de vida do paciente e toda tranquilidade para a família, a presença de um profissional ou uma equipe multidisciplinar é fundamental. 


Por que a Personale Saúde é a melhor opção para cuidar de pacientes com Alzheimer?

Ao longo dos nossos 25 anos de experiênciaSobre nós, a Personale Saúde acompanhou de perto as dificuldades enfrentadas por mais de 300 famílias que cuidam do paciente – observando, também, o quanto minimiza o sofrimento do paciente mantê-lo em casa ao invés de optar pela institucionalização. E o Alzheimer, em seu estágio mais avançado, inevitavelmente necessita de um profissional técnico de enfermagem, especializado nos cuidados mais complexos que surgem com a progressão da doença, com a supervisão de um enfermeiro especialista em atendimento domiciliar.

Nesse cenário, a nossa equipe multidisciplinar de saúde vem promovendo qualidade de vida tanto para os pacientes quanto para seus familiares, através de uma abordagem profissional e qualificada, que abrange as necessidades decorrentes da demência e acompanha o dia a dia da família – proporcionando uma rotina de cuidados que seja o mais saudável possível.

Além dos cuidadores, nossa equipe multidisciplinar conta com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, dentistas e outros especialistas para garantir o melhor cuidado com o doente no conforto de casa, próximo da família.

Na Personale, são mais de 300 pacientes atendidos e mais de 800.000 horas de atendimento com Alzheimer. Nossa atuação tem foco no cuidado humanizado, estimulando a autonomia dos pacientes com respeito às suas necessidades e capacidades.

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